22.02.2017
RESTAURAÇÃO
Salmo 23
Salmo de Davi.
1 O SENHOR é meu pastor, e nada me faltará. 2 Ele me faz repousar em verdes pastos e me leva para junto de riachos tranquilos. 3 Renova minhas forças e me guia pelos caminhos da justiça; assim, ele honra o seu nome. 4 Mesmo quando eu andar pelo escuro vale da morte, não terei medo, pois tu estás ao meu lado. Tua vara e teu cajado me protegem. 5 Preparas um banquete para mim na presença de meus inimigos. Unges minha cabeça com óleo; meu cálice transborda. 6 Certamente a bondade e o amor me seguirão todos os dias de minha vida, e viverei na casa do SENHOR para sempre.
Palavra do momento
“Ele … Renova – ou restaura – minhas forças…”, diz o verso 3.
Restauração é uma das palavras do momento. Fala-se de restauração de móveis; restauração de carros ou de motos; restauração de fotos; restauração de roupas, utensílios domésticos; enfim… hoje em dia, ter alguma coisa antiga que foi restaurada é chique. Afinal, estão na última moda: o vintage (i.e.: aquilo que é antigo, mas que pode ainda ser usado) e o retrô (i.e.: aquilo que é novo, mas que foi inspirado em antigos).
Restauração é o ato ou efeito de restaurar – i.e.: obter de novo, recuperar, reconquistar, pôr em bom estado, devolver ao estado ou condição anterior ou original (Aurélio). Por exemplo, quem de nós nunca fez alguma restauração de dente? O que é isso?
A restauração dental é uma forma de fazer com que o dente afetado pela cárie volte à sua forma e sua função normal. Quando o dentista faz uma restauração, ele primeiro remove a parte do dente que esta deteriorada, limpa a área atingida e então preenche a cavidade limpa com um material de restauração. Ao fechar os espaços onde as bactérias podem se infiltrar, a restauração também ajuda a prevenir uma deterioração posterior. (Fonte: www.colgate.com.br)
Vidas quebradas
De tempos em tempos a vida da gente precisa de restauração. Fomos todos tão afetados pelo pecado que, como diz Paulo, há momentos quando – mesmo querendo fazer o que é certo, nós não conseguimos – agimos de forma errada, fazemos o que odiamos (Rm 7.15). No caso do apóstolo, parece que a cobiça do coração sempre o inclinava a fazer coisas odiosas (Rm 7.7-8). Assim age o pecado dentro de nós: tenta-nos a dizer ou fazer determinadas coisas que, no final, nos arrebentam e nos deixam, literalmente, quebrados.
É quando estamos só os cacos, no corpo e na alma, que nós precisamos de restauração – i.e.: da ação graciosa de Deus removendo a nossa culpa, limpando os nossos corações, preenchendo os nossos vazios, restituindo a nossa dignidade e fortalecendo-nos para que outras investidas do pecado não nos tentem a agir de um forma que nos faça destruir por completo as nossas vidas e as daqueles que nos amam e conosco convivem.
A obstinação da ovelha
O Salmo 23 é uma obra de arte e o verso que temos para hoje é um bálsamo divino para as vidas que foram quebradas pelo pecado e que, portanto, precisam de restauração.
Note que, apesar de todo o cuidado do bom pastor, a ovelha se desembesta e se arrebenta. E o pastor é tão bom que ainda age para socorrer e restaurar o pobre bichinho desgarrado:
Sl 23.1-2 | 1 O SENHOR é meu pastor, e nada me faltará. 2 Ele me faz repousar em verdes pastos e me leva para junto de riachos tranquilos. 3 Renova minhas forças…
Você percebeu?
A ovelha tinha tudo (o pastor, a barriga cheia, os pastos verdes e as águas tranquilas), mas mesmo assim desviou-se e se arrebentou. Pois bem, contrário do que muita gente pensa, nós pecamos e fazemos besteira na vida não porque nos faltam chances, melhores oportunidades, amor ou cuidado de alguém. Essas “carências”, quando muito, nos tentam a pecar. Elas jamais conseguiriam nos destruir se não cedêssemos aos seus apelos.
A bem da verdade, o pecado que habita em nós nos tornou irremediavelmente insatisfeitos com Deus e com a vida. A pessoa pode ter tudo, mas sempre quererá muito mais – outro gole, outro trago, outra coisa, outra experiência, mais, mais e mais… até se arrebentar por completo. Portanto, o problema não está em Deus, em nenhum lugar ou em qualquer pessoa fora de nós; o problema está em nós, no nosso coração (Rm 7.17).
Jesus disse assim:
Mc 7.2-23 | 20 […] “Aquilo que vem de dentro é que os contamina. 21 Pois, de dentro, do coração da pessoa, vêm maus pensamentos, imoralidade sexual, roubo, homicídio, 22 adultério, cobiça, perversidade, engano, paixões carnais, inveja, calúnias, orgulho e insensatez. 23 Todas essas coisas desprezíveis vêm de dentro; são elas que os contaminam”.
Tiago, irmão de Jesus, complementa, dizendo o seguinte:
Tg 4.1-3 | 1 De onde vêm as discussões e brigas em seu meio? Acaso não procedem dos prazeres que guerreiam dentro de vocês? 2 Querem o que não têm, e até matam para consegui-lo. Invejam o que outros possuem, lutam e fazem guerra para tomar deles. E, no entanto, não têm o que desejam porque não pedem. 3 E, quando pedem, não recebem, pois seus motivos são errados; pedem apenas o que lhes dará prazer.
Essa obstinação do pecado no coração das pessoas as leva a fazer escolhas erradas, a seguir por caminhos tortuosos, a cometer atos deploráveis e a falar o que não deviam, a tal ponto que, quando abrem os olhos, já estão com as vidas totalmente arruinadas, carecendo de restauração completa da parte de Deus. Observe o que disse Tiago:
Tg 1.12-15 | 12 Feliz é aquele que suporta com paciência as provações e tentações, porque depois receberá a coroa da vida que Deus prometeu àqueles que o amam. 13 E, quando vocês forem tentados, não digam: “Esta tentação vem de Deus”, pois Deus nunca é tentado a fazer o mal, e ele mesmo nunca tenta alguém. 14 A tentação vem de nossos próprios desejos, que nos seduzem e nos arrastam. 15 Esses desejos dão à luz o pecado, e quando o pecado se desenvolve plenamente, gera a morte.
A obstinação da ovelha picada pelo pecado a conduz pelo caminho da morte.
A ovelha virada
A obstinação da ovelha pode, literalmente, virá-la de pernas para o ar.
W. Phillip Keller escreve que
uma ovelha virada é uma cena triste. Deitada de costas, as patas para o alto, ela se debate freneticamente, lutando para pôr-se de pé, mas sem sucesso. Às vezes, ela bale um pouco, como que pedindo socorro, naturalmente. Mas em geral fica ali deitada, batendo as patas, frustrada e assustada. Se o pastor não aparece no local dentro de certo período de tempo, a ovelha fatalmente morre. Esta é outra das razões por que o ovelheiro diligente deve examinar o rebanho diariamente, e contar os animais para ver se todas se acham em condições de se porem de pé. Se faltar uma ou duas delas, muitas vezes, o primeiro pensamento que lhe ocorre é: “Uma de minhas ovelhas acha-se virada em algum lugar. Tenho que ir procurá-la e colocá-la de pé.”
Davi sabia que, nessas horas, só o pastor pode “desvirar” a ovelha, por isso ele age, reorientando-se da forma correta:
Sl 42.11 | Por que você está tão abatida [“virada”], ó minha alma? Por que está tão triste? Espere em Deus! Ainda voltarei a louvá-lo, meu Salvador e meu Deus!
Como uma ovelha se “abate” ou se “vira” de perna para o ar? Keller, mais uma vez, elucida com muita propriedade essa realidade:
Acontece do seguinte modo. Uma ovelha gorda, pesada ou de pêlo grande, deita-se confortavelmente em uma pequena depressão de terreno. Rola ligeiramente de lado ou estende-se para descansar. De repente, o centro da gravidade de seu corpo desloca-se e ela se vê de costas, de modo que as patas não tocam mais o chão. Talvez entre em pânico, e passe a debater-se freneticamente. Muitas vezes, isto piora a situação, porque ela rola mais e mais. Então torna-se impossível recuperar a posição inicial. E enquanto ela está ali deitada, lutando, começam a formar-se na bolsa ruminante gases, que se expandem e tendem a retardar a circulação do sangue nas extremidades do corpo, principalmente das patas. Se estiver fazendo calor, e o sol estiver quente, a ovelha nesta posição pode morrer em poucas horas. Se estiver fazendo frio e chovendo, é possível sobreviver nessa posição durante vários dias.
Quando o pecado nos vira de pernas para o ar e, de costas no chão, nós nos debatemos até ficarmos com corpo e alma detonados, somente o pastor poderá nos restaurar.
Sl 56.13 | Pois me livraste da morte; não deixaste que meus pés tropeçassem. Agora, posso andar em tua presença, ó Deus, em tua luz que dá vida.”
Veja como esse texto se encaixa perfeitamente com o nosso salmo:
Sl 23.3 | Renova minhas forças [Pois me livraste da morte] e me guia pelos caminhos da justiça [não deixaste que meus pés tropeçassem]; assim, ele honra o seu nome [Agora, posso andar em tua presença, ó Deus, em tua luz que dá vida].
Se é o Senhor que renova ou restaura as nossas forças (almas), de que forma ele o faz?
Como acontece às ovelhas, e também aos cristãos, existem alguns princípios básicos que podemos aplicar, e que nos ajudarão a entender o modo como o homem pode ficar “virado”, quebrado ou abatido, carente, portanto, de restauração.
1. Comodidade
O que, principalmente, faz uma ovelha se virar de pernas para o ar e se abater é, por incrível que pareça, a sua busca pela comodidade. O animalzinho procura o lugar mais confortável para deitar-se. Phillip Keller coloca assim:
A ovelha que sempre procura aquele recanto cômodo, macio, aquela depressão redonda para repousar, frequentemente fica virada. Numa posição dessas é muito fácil virar de costas.
A comodidade é fruto, dentre outras coisas, de autoconfiança. Paulo bem se expressou:
1Co 10.12 | Portanto, se vocês pensam que estão de pé, cuidem para que não caiam.
A comodidade também é fruto de autopiedade, da vida que julga que, por muito merecer, por grande coisa ser, não irá sacrificar o sossego ou o caminho mais fácil – para poder amar e servir a Deus e ao próximo:
Rm 12.3 | Com base na graça que recebi, dou a cada um de vocês a seguinte advertência: não se considerem melhores do que realmente são. Antes, sejam honestos em sua autoavaliação, medindo-se de acordo com a fé que Deus nos deu.
A ovelha que, por comodidade, tombou e virou de pernas para o ar, ou está vivendo nesta zona de perigo – onde a qualquer momento poderá se abater, precisa imediatamente ser erguida pelo pastor e ser transferida para uma pastagem onde a situação não é tão confortável. Comodidade se rompe com disciplina, com disciplinas espirituais.
1Tm 4.7-8 | 7 […] exercite-se na devoção [piedade]. 8 O exercício físico tem algum valor, mas exercitar-se na devoção [piedade] é muito melhor, pois promete benefícios não apenas nesta vida, mas também na vida futura.
Para não se acomodar e não se abater com as pernas para o ar, o cristão precisa “exercitar-se na piedade”. Dallas Willard, em seu livro magnífico – A grande omissão (infelizmente esgotado na editora Mundo Cristão), no capítulo 13 – falando sobre A piedade cristocêntrica, o coração do evangélico, escreveu que
A “piedade” refere-se aos estados e atos internos e externos que constituem a vida de devoção, sobretudo a Deus […] Em termos externos, a piedade são atividades rotineiras de um relacionamento que honra quem nos dá vida e nos proporciona bem-estar. A piedade pode nos estabilizar, dar substância à nossa vida e nos encaminhar para os ideais humanos mais elevados. Essa é a piedade no mais alto grau.
Essas “atividades rotineiras”, sobre as quais Dallas Willard escreveu, são as disciplinas espirituais, nas quais todos nós, crentes, devemos nos exercitar.
Sobre disciplinas espirituais, Donald S. Whitney, no livro indispensável que publicou – Disciplinas espirituais para a vida cristã (ed. Batista Regular), argumentou o seguinte:
As disciplinas espirituais são aquelas disciplinas pessoais e comunitárias que promovem o nosso crescimento espiritual. São os hábitos devocionais e as práticas cristãs que o povo de Deus tem exercitado desde os tempos bíblicos. Por exemplo: manejo bíblico (leitura, estudo, memorização e meditação), oração, adoração, evangelismo, serviço, mordomia, jejum, silêncio e solitude, composição de um diário, aprendizado, etc. Seja qual for a disciplina, a coisa mais importante não é a sua prática em si, mas o seu propósito: Cristo ser formado em nós (Gl 4.19).
Charles H. Spurgeon, o grande pregador batista inglês do século XIX, disse o seguinte sobre as disciplinas espirituais:
Preciso me cuidar para que acima de todas as coisas eu cultive comunhão com o Senhor; pois, apesar de que ela jamais poderá ser a base de minha paz com Deus – tome nota –, ela será sempre o canal para que eu possa dele recebê-la.
A comodidade é vencida pela prática das disciplinas espirituais. Através delas, Cristo restaura as nossas forças. Donald S. Whitney complementa:
Aprendemos com exemplos bíblicos e históricos que as disciplinas espirituais são como canais da graça transformadora de Deus. Ao nos posicionarmos em sua direção, buscando comunhão com o Senhor, a sua graça flui em nossa direção e somos, por ela, pela graça, transformados. É por isso que as disciplinas espirituais precisam tornar-se uma prioridade em nossas vidas.
2. Carnalidade
Além da comodidade, a carnalidade também tomba a ovelha, até abatê-la no corpo e na alma. Phillip Keller diz assim:
Sempre que descubro que uma ovelha virou por estar com a lã muito cheia e pesada, logo tomo prontas providências para corrigir esta situação. Em último caso, eu a tosquio totalmente, e assim previno o perigo de o animal perder a vida. Nem sempre a tosquia é um processo agradável. As ovelhas realmente não apreciam a tosquia, e o serviço também é cansativo para o pastor, mas urge que seja feito. Na verdade, depois de terminado, tanto o pastor como a ovelha sentem-se aliviados. Não existe mais o perigo de o animal ficar virado, e quanto à ovelha, está livre da capa pesada. Muitas vezes o pêlo fica todo emaranhado de esterco imundo, lama, carrapichos e carrapatos. Que alívio estar livre de tudo aquilo!
Do mesmo modo, no que tange à nossa velha vida, chega a hora em que o Senhor tem que pegar-nos pela mão e aplicar em nossa vida o fio cortante de sua Palavra, arrancando de nós tudo o que não convém, podando-nos para podermos frutificar, santificando-nos para a vida no céu. O princípio da tosquia ou da poda pela Palavra é algo precioso para Jesus.
Jo 15.1-4 | 1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. 2 Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta. Todo ramo que dá fruto, ele poda, para que produza ainda mais. 3 Vocês já foram limpos pela mensagem que eu lhes dei. 4 Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Pois, assim como um ramo não pode produzir fruto se não estiver na videira, vocês também não poderão produzir frutos a menos que permaneçam em mim.
A poda é para arrancar todo galho desnecessário que, porventura, esteja drenando nossas forças, impedindo a nossa frutificação; a poda ou a tosquia também arranca de nós todo peso que nos torna vagarosos e todo pecado que nos atrapalha a correr com perseverança a corrida que foi posta diante de nós (Hb 12.1).
A carnalidade nos afasta da presença de Deus. Keller nos informa que
Nas Escrituras, a lã representa a velha vida egoísta. Trata-se da expressão exterior de uma atitude interior, a afirmação de meu próprio anseio, esperanças e aspirações. É o aspecto de minha personalidade através do qual estou continuamente em contato com o mundo que me cerca. É ali que se encontra o acúmulo de coisas, bens, ideias e sentimentos do mundo que começam a pesar e a arrastar-me para baixo, a reter-me no lugar.
Ele continua:
É interessante notar que o sumo-sacerdote no Antigo Testamento não tinha permissão de usar vestimentas de lã (Dt 22.11) quando entrava no Santo dos santos. Ela é uma figura do ego, do orgulho, da auto-indulgência – coisas que Deus não tolerava.
Portanto, se desejamos andar com Deus, se pretendemos ser sadios em vez de ficar para sempre abatidos, o Senhor precisará, constantemente, nos tosquiar ou nos podar pela Palavra.
3. Cobiça
Falamos da comodidade e da carnalidade como causas do tombo e da destruição da ovelha. Há mais um: a cobiça. Keller, mais uma vez, foi excepcional ao revelar que
Uma das causas pelas quais algumas ovelhas ficam viradas é simplesmente porque são gordas demais. Os animais com excesso de peso não são nem os mais saudareis nem os mais produtivos. E são as ovelhas gordas que se viram com maior frequência. O peso dificulta-lhes os movimentos e a condição de permanecer de pé. Naturalmente, logo que o ovelheiro suspeita que seus carneiros estão se virando demais por causa do peso, toma providências que, a longo prazo, corrigirão o problema. Dará a eles uma alimentação mais rigorosa. Receberão menos cereais, e as condições gerais deverão ser atentamente observadas. Seu objetivo é cuidar para que as ovelhas sejam fortes, resistentes e cheias de energia, e não gordas, balofas e fracas.
Lembra de como Deus tratou de Israel no deserto?
Dt 8.1-5 | 1 Obedeçam cuidadosamente a todos os mandamentos que hoje lhes dou. Assim, vocês viverão e se multiplicarão, e entrarão e tomarão posse da terra que o SENHOR jurou dar a seus antepassados. 2 Lembrem-se de como o SENHOR, seu Deus, os guiou pelo deserto estes quarenta anos, humilhando-os e pondo à prova seu caráter, para ver se vocês obedeceriam ou não a seus mandamentos. 3 Sim, ele os humilhou, permitindo que tivessem fome. Em seguida, ele os sustentou com maná, um alimento que nem vocês nem seus antepassados conheciam, a fim de lhes ensinar que as pessoas não vivem só de pão, mas de toda palavra que vem da boca do SENHOR. 4 Ao longo de todos estes quarenta anos, suas roupas não se gastaram e seus pés não incharam nem criaram bolhas. 5 Pensem nisto: assim como o pai disciplina o filho, também o SENHOR, seu Deus, disciplina vocês para o seu próprio bem.
Deus nos restaura a alma fazendo-no passar por um regime, provando nosso coração, expelindo nossos pecados, fazendo-nos comer e beber de sua Palavra.
Restauração
Todos nós, mesmo desfrutando do melhor de Deus, sejam os pastos verdes ou as águas tranquilas, mesmo de barriga cheia, sempre corremos o risco de nos desviar e tombar.
Pode ser que você precise de restauração – do Bom Pastor para te colocar de novo em pé e te manter no aprisco.
Comodidade, carnalidade e cobiça são as principais causas de nossos desvios, seguidos de tombos. No chão, nós ficamos abatidos – no corpo e na alma. Quanta gente doente assim!
Como o Senhor nos restaura?
Hb 5.8 | Embora fosse Filho, aprendeu a obediência por meio de seu sofrimento.
O comentário da Bíblia de Estudos ESV sobre esse verso é muito esclarecedor:
Embora sempre sem pecado (4.15, 7.26) e, portanto, sempre obediente, Jesus, no entanto, adquiriu conhecimento e experiência vivendo como um ser humano (Lc 2.40, 52); ele veio a conhecer, de primeira mão, o que custo para manter a obediência no meio do sofrimento (ver notas em Hb 2.9, 2.10, 2.18, 4.15). À medida que Jesus “crescia em sabedoria e estatura” (Lc 2.52), as sucessivas tentações eram sem dúvida mais difíceis de lidar (Lc 4.12) e, ao obedecer a seu Pai diante de cada tentação, ele “aprendia a obediência”, para que sua capacidade moral humana fosse fortalecida.
Se o Senhor Jesus for o seu pastor, ele lhe restaurará as forças.
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