13.09.2017
NINGUÉM SE COMPARA AO SENHOR! — PARTE II
Salmo 35
9Então me alegrarei no SENHOR, exultarei porque ele me salva. 10Eu o louvarei com todos os ossos de meu corpo: “SENHOR, quem se compara a ti? Quem além de ti resgata o indefeso das mãos do forte? Quem protege o pobre e o humilde daqueles que os exploram?”.
Semana passada nós refletimos sobre os salmos imprecatórios em geral. Hoje nós ponderaremos especificamente no que Davi disse no Salmo 35. Nosso estudo se fundamenta em três afirmações: ninguém se compara ao Senhor na forma como ele nos encabula, na forma como ele nos escolta e na forma como ele nos ensina.
1. Ninguém se compara ao Senhor na forma como ele nos encabula
É de encabular a forma como o Espírito de Deus inspirou Davi a compor esses salmos imprecatórios ou de maldição! Como nós devemos entendê-los? Permitam-me revisar o que dissemos na semana passada:
Então, como entendê-los? Para lermos, compreendermos e fazermos bom uso dos salmos imprecatórios ou de maldição, devemos levar em conta os seguintes:
Diante do exposto, algumas aplicações:
Pois bem, ninguém se compara ao Senhor na forma como ele nos encabula.
2. Ninguém se compara ao Senhor na forma como ele nos escolta
O Salmo 35 pode ser claramente dividido em três partes. Na primeira, nós descobrimos que Jesus batalha por nós (vv. 1-10); na segunda, nós vemos que Jesus é o nosso advogado (vv. 11-18); e, na terceira, nós aprendemos que Jesus é o alvo da nossa adoração (vv. 19-28). A primeira parte do salmo se passa no campo de batalha, a segunda no tribunal do trono e a terceira no quarto secreto da oração.
Jesus batalha por nós — com Deus no campo de batalha (vv. 1-10)
1Ó SENHOR, defende-me dos que me acusam; luta contra os que lutam contra mim. 2Põe tua armadura e toma teu escudo, prepara-te para a batalha e vem me socorrer. 3Levanta tua lança e teu dardo contra aqueles que me perseguem. Que eu te ouça dizer: “Eu lhe darei vitória!”. 4Sejam derrotados e humilhados os que procuram me matar, recuem envergonhados os que planejam me prejudicar. 5Sopra-os para longe, como palha ao vento, e que o anjo do SENHOR os disperse. 6Torna o caminho deles escuro e escorregadio, e que o anjo do SENHOR os persiga. 7Não lhes fiz mal algum, mas eles me prepararam uma armadilha; sem motivo, abriram uma cova para me pegar. 8Portanto, que venha sobre eles destruição repentina! Sejam pegos na armadilha que me prepararam, sejam destruídos na cova que abriram para mim. 9Então me alegrarei no SENHOR, exultarei porque ele me salva. 10Eu o louvarei com todos os ossos de meu corpo: “SENHOR, quem se compara a ti? Quem além de ti resgata o indefeso das mãos do forte? Quem protege o pobre e o humilde daqueles que os exploram?”.
Jesus é o nosso advogado — diante de Deus no tribunal do trono (vv. 11-18)
11Testemunhas maldosas depõem contra mim e me acusam de crimes que não cometi. 12Pagam-me o bem com o mal; estou desesperado! 13Quando eles ficavam doentes, eu lamentava; humilhava-me com jejuns por eles, mas minhas orações não eram respondidas. 14Como se fossem meus amigos ou familiares, eu me entristecia, como se lamentasse por minha própria mãe. 15Mas agora, em minha aflição, eles se alegram; triunfantes, juntam-se contra mim. Pessoas que nem conheço me atacam, agridem-me sem cessar. 16Zombam de mim e me insultam, rosnam e me mostram os dentes. 17Até quando, Senhor, ficarás olhando? Salva-me de seus ataques ferozes, livra-me desses leões! 18Então te darei graças diante da comunidade e te louvarei perante todo o povo.
Ninguém fará acusação contra nós, pois Cristo nos justifica (Rm 8.33-34).
Jesus é o alvo do nosso louvor — face a Deus no quarto secreto (vv. 19-28)
19Não permitas que meus inimigos traiçoeiros riam de mim, não deixes que me desprezem os que me odeiam sem razão. 20Não falam de paz; tramam contra os que vivem tranquilos na terra. 21Gritam: “Ah! Agora o pegamos! Nós o vimos com os próprios olhos!”. 22Viste tudo isso, SENHOR; não permaneças calado, Senhor, e não me abandones agora. 23Desperta! Levanta-te para me fazeres justiça! Defende minha causa, meu Deus e meu Senhor. 24Julga-me, SENHOR, meu Deus, conforme a tua justiça; não permitas que meus inimigos riam às minhas custas. 25Não deixes que digam: “Conseguimos o que queríamos! Agora vamos acabar com ele!”. 26Sejam envergonhados e humilhados os que se alegram com a minha desgraça. Sejam cobertos de vergonha e desonra os que triunfam sobre mim. 27Exultem e alegrem-se, porém, os que me defendem; que eles digam sempre: “Grande é o SENHOR, que se agrada de abençoar seu servo com paz!”. 28Então proclamarei tua justiça e te louvarei o dia todo.
Para mim, a melhor expressão desses versículos no Novo Testamento está nas palavras da doxologia de Judas.
24Toda a glória seja àquele que é poderoso para guardá-los de cair e para levá-los, com grande alegria e sem defeito, à sua presença gloriosa. 25Toda a glória seja àquele que é o único Deus, nosso Salvador por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Glória, majestade, poder e autoridade lhe pertencem desde antes de todos os tempos, agora e para sempre! Amém.
Ninguém se compara ao Senhor na forma como ele nos escolta: Jesus é que batalha por nós; ele é o nosso advogado e nos levará à salvo, “com grande alegria e sem defeito” à presença gloriosa de Deus.
3. Ninguém se compara ao Senhor na forma como ele nos ensina
Concluo a exposição desse salmo e do tema imprecação ou maldição nos salmos, com três lições, à partir do que dissemos, que julgo serem de Deus para o nosso coração:
Ninguém se compara ao Senhor! Por isso, unimo-nos a Davi em louvor (Sl 35.9-10):
9Então me alegrarei no SENHOR, exultarei porque ele me salva. 10Eu o louvarei com todos os ossos de meu corpo: “SENHOR, quem se compara a ti? Quem além de ti resgata o indefeso das mãos do forte? Quem protege o pobre e o humilde daqueles que os exploram?”.
Só o Senhor! Ninguém se compara ao Senhor!
S.D.G. L.B.Peixoto
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