12.08.2018
O DESEJO DO PAI
Salmo 53
[Ao regente do coral: meditação; salmo de Davi.]1Os tolos dizem em seu coração: “Não há Deus”. São corruptos e praticam o mal; nenhum deles faz o bem.2Deus olha dos céus para toda a humanidade, para ver se alguém é sábio, se alguém busca a Deus. 3Todos, porém, se desviaram; todos se corromperam. Ninguém faz o bem, nem um sequer! 4Acaso os que praticam o mal jamais aprenderão? Devoram meu povo como se fosse pão e nem pensam em orar a Deus. 5Grande terror se apoderará deles, terror como nunca experimentaram. Deus espalhará os ossos dos que atacam seu povo; serão humilhados, pois Deus os rejeitou. 6Quem virá do monte Sião para salvar Israel? Quando Deus restaurar seu povo, Jacó dará gritos de alegria, e Israel exultará.
O desejo dos pais para os filhos
Os pais sabem, por experiência própria, que qualquer probleminha com um filho já é o bastante para tirar o sono da gente. Especialmente quando os filhos estão na infância ou na adolescência, dando seus primeiros passos na vida. Principalmente quando os pais são marinheiros de primeira viagem, sem nenhuma bagagem para intervir nos problemas. Seja um problema de saúde ou de comportamento, as dores dos nossos filhos parecem doer muito mais em nós do que neles mesmos. Não é verdade?
Quando algo dá errado com alguma coisa, especialmente com os filhos da gente, corremos atrás de causas e curas. Problemas exigem soluções. É natural que seja assim. Todos nós queremos e, no que depender de nós, devemos consertar o que está errado. O problema é quando algo parece estar dando errado na criação dos filhos. Que fazer?
Daniel Martins de Barros, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo, escrevendo, em 2015, para uma coluna do Estadão, comentava que “o problema dos filhos problemáticos pode ser os pais com problemas”. No texto sobre filhos problemáticos, o psiquiatra apontou, sabiamente, que, 1primeiro, “não existe teoria para tudo. A vida é muito mais complexa do que os livros, e a maioria dos fenômenos (humanos ou não) ainda não foi estudada pela ciência”(Tá vendo? Parece que só a ciência tem resposta pra tudo!); 2segundo, é sábio da parte dos pais manter os olhos sempre bem abertos para qualquer alteração no comportamento dos filhos, ou seja: discernir se estão agressivos, arredios, violentos, mal-humorados, ansiosos, etc. Realmente, há valor em tudo isso quando o assunto é o problema dos filhos da gente.
O que me deixou com um peso enorme sobre os ombros, maior até do que eu jamais conseguiria suportar, foi a conclusão do artigo do referido psiquiatra. Ouça:
Penso então que existe uma terceira lição, que vale para todos nós [além do fato de que não há teoria científica para explicar tudo sobre os problemas dos nossos filhos, e de que é sábio se prestar atenção no comportamento deles; ouça…]. Se nossos filhos estão muito mal-criados, briguentos ou problemáticos, antes de achar que isso é um problema deles, vale a pena olhar para nós mesmos. Em grande medida os filhos são de fato nossos espelhos.
Gente do céu! Que peso! Que responsabilidade! Sim, eu sei que há um fundo de verdade nessa afirmação (exemplo e boa educação são fundamentais; e pais não devem provocar os filhos à ira, Ef 6.4), mas, considere o que diz o profeta Ezequiel (18.1-4 e 20):
1Recebi outra mensagem do SENHOR: 2“Por que vocês citam este provérbio a respeito da terra de Israel: ‘Os pais comeram uvas azedas, mas os dentes dos filhos é que estragaram’? 3Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Soberano, vocês não citarão mais esse provérbio em Israel. 4Pois todos me pertencem, tanto pais como filhos. Aquele que pecar é que morrerá.[…] 20Aquele que pecar é que morrerá. O filho não será castigado pelos pecados do pai, e o pai não será castigado pelos pecados do filho. Os justos serão recompensados por sua justiça, e os perversos serão castigados por sua perversidade.
Ezequiel parece estar pontuando duas verdades fundamentais em qualquer civilização: (1) a responsabilidade moral de cada indivíduo e (2) a justiça divina aplicada a cada nova geração (composta por esses agentes morais individuais). Portanto, o que conta são as escolhas que cada um de nós faz e os caminhos que nós (inclusive nossos filhos), por nossa própria conta e risco, decidimos trilhar. Afinal, como o próprio texto de Ezequiel hipoteticamente exemplifica, pais piedosos podem ter filhos problemáticos (Ez 18.5-13) e pais problemáticos podem sim ter filhos piedosos (Ez 18.14-18).
Outra coisa, por mais que um pai ou uma mãe erre (e, ah!, como nós erraremos!), o grande desejo, o grande sonho de um pai para os filhos (salve raras e especiais excessões) é a felicidade. Repito: o desejo de um pai para os filhos é a felicidade! Não é mesmo? Então, qual é o grande problema dos nossos filhos? Como nós podemos ajudá-los a encontrar o caminho da plena felicidade? O salmo de hoje irá nos ajudar.
Quero fazer nesta noite duas considerações. Primeira: pontuar alguns obstáculosà plena felicidade dos filhos. Segunda: descrever o caminhopara a plena felicidade dos filhos. Espero em Deus que, neste Dia dos Pais, nesta ocasião tão especial, o Senhor abençoe sua vida (pais e filhos) com esta palavra.
Obstáculos à plena felicidade dos filhos
A primeira coisa que a gente precisa deixar bem claro é que a nossa alegria, a alegria dos nossos filhos, a alegria de qualquer ser humano e a glória de Deus não são realidades excludentes ou que se repelem. Deixe-me dizer isto de outra forma: para eu viver para a glória de Deus eu não preciso anular minha alegria ou o meu prazer. De fato, é o completo oposto. Deus será mais glorificado na minha vida (ele só será glorificado na minha vida) na medida em que eu estiver mais alegre, feliz, satisfeito e realizado nele, para usar a definição de John Piper.
Paulo disse assim (Fl 4.4): “Alegrem-se sempre no Senhor. Repito: alegrem-se!”. Percebeu que a nossa alegria “no Senhor” é um imperativo, uma ordem, e não uma opção? Na verdade, a forma grega do verbo está no imperativo, presente, ativo; ou seja: trata-se de uma ordempara que eu constantementeme empenhena busca dessa alegria “no Senhor”.
Esse conceito de nos alegrarmos no Senhor está tão arraigado na Bíblia como um todo, de capa a capa, quanto aqui no texto do salmista que temos em tela. Leia comigo o último versículo do Salmo 53 e observe o anseio do salmista pelo dia quando sua alma se alegrará plenamente em Deus (v. 6):
Quem virá do monte Sião para salvar Israel? [O Senhor1, cf. Sl 14.7] Quando Deus restaurar seu povo, Jacó dará gritos de alegria, e Israel exultará.
Ou seja: a glória de Deus e a nossa alegria em Deus são a mesma coisa.
Feito esse esclarecimento, debrucemos sobre os grandes obstáculos à nossa felicidade e, logicamente, também à felicidade de nossos filhos; quais sejam: o enganodo coração e o equívocoda percepção.
O engano do coração
O salmo de hoje nos revela que o ser humano, na sua busca por felicidade e realização, cometeu um terrível engano: achar que a felicidade está na autonomia do ser, na independência da pessoa, na emancipação do desejo, em sair da casa do Pai. Ouça:
1Os tolos dizem em seu coração: “Não há Deus”.
Por que ele diz isto? Falta-lhe evidências para crer? A crença em Deus é incompatível com a razão ou a lógica humana? Nada disso! O problema é que na casa do Pai ele não consegue sentir nada, nenhum prazer, não há satisfação. O problema está nele, mas o filho simplesmente decide (no coração) que se sair da casa do Pai ou negá-lo por completo isso o tornará finalmente livre para fazer o que bem entender (sem qualquer correção ou acusação da parte de ninguém), gastando os recursos do Pai, e assim ser plenamente feliz. Daí é que surgem jargões do tipo: “Dá minha vida cuido eu!”; “Meu corpo, minhas regras.”; e por ai vai. É a crença de que dizer “Não há Deus!”, seja na articulação filosófica ou na vivência prática, tornará o ser humano mais feliz. Ledo engano!
Esse é o conflito que nós e nossos filhos travamos desde a mais tenra idade: achar que se vivermos como desejarmos (já que não desejamos Deus); vivermos sem regras, leis e Deus na cabeça da gente; vivermos sem ter que prestar contas a ninguém, fazendo o que o coração e o corpo pedirem, seremos plenamente feliz; que os outros e Deus também (se Deus realmente existe) apenas afirmem nossos desejos, sentimentos, direitos e liberdades. E assim caminha o mundo em busca de felicidade! Não é verdade?
Ficamos, então, com um problema: por que eu preciso ficar negando e negando e brigando e dizendo: “Não há Deus!”? Se Deus não existe, por que brigar, dizer, articular e afirmar que não existe aquilo que não existe? Percebeu a loucura e a tolice do ser humano brigado com o Pai? Ele, sem Deus no mundo, passou a encontrar prazer na negação da existência de Deus, no conflito com a existência de Deus e na apologia contra a existência de Deus. Isso, definitivamente, não é felicidade. É o engano do coração humano.
O equívoco da percepção
O engano do coração humano desemboca no equívoco da percepção; qual seja: “Eu não tenho Pai!”. Ninguém tem Pai. E quando não existe um “Pai nosso”, a casa fica bagunçada; os membros da “família” fazem cada um o que der na cabeça. No inglês há um ditado bastante verdadeiro, que diz assim: “No God, no good!”(lit., sem Deus, sem o bem). Realmente é assim. Observe as consequências práticas desse equívoco de percepção:
1Os tolos dizem em seu coração: “Não há Deus”. São corruptos [corrompem-se; corromperam-se]e praticam o mal; nenhum deles faz o bem. 2Deus olha dos céus para toda a humanidade, para ver se alguém é sábio, se alguém busca a Deus. 3Todos, porém, se desviaram; todos se corromperam. Ninguém faz o bem, nem um sequer! 4Acaso os que praticam o mal jamais aprenderão? Devoram meu povo como se fosse pão e nem pensam em orar a Deus.
O problema do engano do coração (“Eu não preciso do Pai!”) e do equívoco da percepção (“Eu não tenho Pai!”), que no fundo são a mesma coisa (a negação da existência do Pai, resultado de não se sentir nada por ele), desencadeiam problemas seríssimos e de todos os tipos. Veja alguns desses problemas apontados aqui pelo salmista: no caráter(corromperam-se, v. 1), nos comportamento(praticam o mal, v. 1), nos afetosou emoções (nenhum deles faz o bem, v. 1; devoram meu povo como se fosse pão, v. 4), nas relações e nasconstruções sociais(imaginem uma sociedade onde ninguém faz o bem e devora-se uns aos outros; onde todos se desviaram, todos se corromperam e ninguém, nem um sequer, pratica o bem, v. 3!), na cognição e construção do saber(não há quem seja sábio, v. 2; achando-se sábios, tornaram-se tolos, v. 1; nunca aprenderão, v. 4) e na espiritualidadeou piedade (nem pensam em orar, v. 4).
Nossos filhos, ser humano nenhum, nunca será feliz enquanto viver no engano de seu coração, dizendo: “Eu não precioso do Pai!”; e no equívoco de sua percepção: “Eu não tenho Pai!”. Viver como se o Pai não existisse ou fazendo tudo o que o Pai odeia, e achar que esse é o caminho da plena felicidade é o que a Bíblia chama de tolice ou loucura. Veja o exemplo que Jesus contou na parábola do filho pródigo (Lc 15.11-16):
11Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. 12O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. 13“Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. 14Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. 16Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
Essa é a loucura de quem acha que não precisa de Pai e a tolice de quem se enxerga como se não tivesse Pai. Esses são os obstáculos à plena felicidade dos nossos filhos e de todo e qualquer ser humano, criados à imagem e conforme a semelhança de Deus.
O caminho para a plena felicidade dos filhos
O sonho dos pais é ver os filhos felizes. A plena felicidade só será possível se for fruto de uma alegria no Senhor. A cabeça dos nossos filhos (e de todo ser humano), por natureza, é inclinada pelo engano do coração (“Eu não preciso de Pai!”) e pelo equívoco da sua percepção (“Eu não tenho Pai!”).
Veja, portanto, que o problema principal dos nossos filhos, e de qualquer ser humano (pais, mães e filhos) não é o problema dos pais, o problema da sociedade, o problema do DNA… O problema fundamental dos nossos filho (e nosso também!) é o problema do coração: “Os tolos dizem em seu coração: ‘Não há Deus’”(Sl 53.1). Com esse coração, nem eles nem ninguém jamais serão plenamente felizes. Viver será um desespero, preenchido pelo consumo, pela prática do mal, pela autoafirmação, pelo uso e abuso do próximo, enfim, pela perversão resultante daquilo que a Bíblia chama de pecado. Quem duvida disso, olhe ao mundo ao seu redor. Assim tem caminhado a sociedade.
E nós pais com isso? Qual é o nosso papel?
Devemos auxiliar nossos filhos na remoção desses obstáculo, ajudando-os a trilhar o caminho da plena felicidade. Como? Olhe comigo para o Salmo 53, verso 2.
2Deus olha dos céus para toda a humanidade, para ver se alguém é sábio [se há alguém que entenda], se alguém busca a Deus.
Nossa esperança está no olhar de Deus — “Deus olha dos céus para toda a humanidade, para ver se alguém…”; nossa esperança está no olhar de Deus, na espera de Deus, na longanimidade, no amor, na paciência e na tolerância de Deus (Rm 2.4). Deus não está olhando do céu para buscar a quem ele possa condenar. Nós já estamos condenados (Jo 3.18). Deus olha do céu, nas palavras de Paulo, “na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus”(Rm 8.20-21). O desejo de Deus Pai é a alegria de seus filhos no Filho Jesus Cristo; que eles se alegrem com grande, indescritível exultação no que há de mais belo, bom e maravilhoso no universo: Deus. Ouça (Sl 53.6):
Quem virá do monte Sião para salvar Israel? Quando Deus restaurar seu povo, Jacó dará gritos de alegria, e Israel exultará.
O caminho para a plena felicidade dos nossos filhos (e também para a nossa, afinal todos somos filhos do mesmo Pai) é o caminho de volta para a casa do Pai; o caminho de volta para os braços do Pai; o caminho de volta para Deus. A questão, portanto, é: como? Qual é o nosso principal papel, enquanto pais? Se Deus é o quê nossos filhos mais precisam, como podemos ajudá-los para que sejam plenamente felizes em Deus?
Cabe-nos ensinar os filhos a entender que eles precisam entender (Sl 53.2)
2Deus olha dos céus para toda a humanidade, para ver se alguém é sábio [alguém que entenda], se alguém busca a Deus.
O que nossos filhos precisam entender? Deus é. Há Deus. Eles precisam do Pai. Jesus chamou a isto de “cair em si”. Ouça a história do filho pródigo (Lc 15.14-17):
14Quando seu dinheiro acabou, uma grande fome se espalhou pela terra, e ele começou a passar necessidade. 15Convenceu um fazendeiro da região a empregá-lo, e esse homem o mandou a seus campos para cuidar dos porcos. 16Embora quisesse saciar a fome com as vagens dadas aos porcos, ninguém lhe dava coisa alguma. 17Quando finalmente caiu em si, disse: ‘Até os empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui, morrendo de fome’.
Cair em si é entender-se miserável longe da casa do Pai, longe do amor e da bondade do Pai. Nossos filhos precisam entender isso. Nós precisamos entender isto. O problema é estar longe do Pai, seja fora (o pródigo) ou seja dentro (o primogênito) da casa do Pai.
Cabe-nos ajudar os filhos a abrir mão do prazer pródigo (Sl 53.2)
2Deus olha dos céus para toda a humanidade, para verse alguém é sábio [se há alguém que entenda], se alguém busca a Deus.
Como se busca a Deus? Da mesma forma que se abandona Deus: buscando prazer noutra coisa ou noutra pessoa. O filho pródigo achava que teria prazer melhor longe da casa do pai e, portanto, buscou prazer fora da casa do Pai. Se esborrachou. Depois, caindo em si, entendeu que prazer melhor, maior e pleno só há na casa do pai (Lc 15.17):
Quando finalmente caiu em si, disse: ‘Até os empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui, morrendo de fome’.
Em seguida, abriu mão do prazer pródigo e buscou o pai (Lc 15.18-19):
18Vou retornar à casa de meu pai e dizer: Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, 19e não sou mais digno de ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como seu empregado’.
Para sermos plenamente felizes, precisaremos abrir mão do prazer pródigo, teremos que buscar Deus, alegria em Deus. Essa é a ajuda que nossos filhos mais precisam.
Cabe-nos mostra aos filhos que felicidade está na herança (Sl 53.6)
Quem virá do monte Sião para salvar Israel? Quando Deus restaurar seu povo, Jacó dará gritos de alegria, e Israel exultará.
O Senhor é a nossa herança. Cristo veio, viveu, morreu e ressuscitou para nos levar de volta para Deus (1Pe 3.18), para a casa do Pai, de volta à nossa herança (Lc 15.20-24):
20Então voltou para a casa de seu pai. Quando ele ainda estava longe, seu pai o viu [Sl 53.2]. Cheio de compaixão, correu para o filho, o abraçou e o beijou. 21O filho disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho’.22O pai, no entanto, disse aos servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa da casa e vistam nele. Coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. 23Matem o novilho gordo. Faremos um banquete e celebraremos, 24pois este meu filho estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado!’. E começaram a festejar.
Nossos filhos (nós também!) precisam entender que felicidade está na herança: o Senhor.
O desejo do Pai
Assim como Deus Pai, o maior desejo dos pais é a felicidade plena dos filhos. O problema é o engano do coração (“Eu não preciso do Pai!) e o equívoco da percepção (“Eu não tenho Pai!”). Isso tudo desemboca em problemas de todo tipo: espiritual, emocional, físico, relacional e social. Está claro no Salmo 53 e na experiência de vida de cada um de nós a desgraça que essa tolice do coração causou e tem causado. O eco desse salmo de Davi pode ser ouvido em toda parte deste mundo sem Deus.
Agora, sabe de uma coisa, esse não é um problema apenas dos filhos; é também dos pais. Afinal, pais e filhos pertencem ao mesmo Pai, o Senhor (Ez 18.4). O grande desejo de Deus Pai para nós é a nossa alegria nele. E se você não a tem, se o caminho da sua vida não é o retorno constante à casa do Pai, você não conseguirá ajudar seu filho a encontrar o caminho, a entender a verdade, nem desfrutar da vida plena. Afinal, como dar o que você não tem para dar, como ensinar a entender o que você mesmo ainda não conseguiu entender (“Eu preciso do Pai!”), como ajudá-los a abrir mão daquilo que nem você conseguiu abri mão (os prazeres pródigos desta vida) e como entregá-los uma herança que você nunca recebeu: o Senhor. Essa é a tragédia de muitos pais e de muitos filhos. Mas não precisa ser a sua. Lembre-se, pois, das palavras de Davi (Sl 53.2):
Deus olha dos céus para toda a humanidade, para ver se alguém…
O desejo do Pai é a sua salvação, a sua satisfação, a sua alegria nele, hoje e para sempre. Arrependa-se de ter deixado a casa do Pai, creia no Senhor Jesus Cristo e volte-se para Deus. Você será salvo e provará da plena felicidade que só Cristo pode oferecer.
S.D.G. L.B.Peixoto
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