17.03.2019
ORAÇÃO DE SOFRIMENTO
Salmo 69
[Ao regente do coral: salmo de Davi, para ser cantado com a melodia “Lírios”.]16Responde às minhas orações, ó SENHOR, pois o teu amor é bom. Cuida de mim, pois a tua misericórdia é imensa. 17Não te escondas de teu servo; responde-me sem demora, pois estou aflito. 18Vem e resgata-me; livra-me de meus inimigos! 19Tu sabes que sofro zombaria, vergonha e humilhação; vês tudo que meus inimigos fazem. 20Os insultos deles me partiram o coração; estou desesperado! Se ao menos alguém tivesse piedade de mim; quem dera viessem me consolar.
A ESCOLA DE ORAÇÃO DOS SALMOS
“Por favor, pastor, ore por mim! Não consigo nem orar!”.
Muitas (muitas mesmo!) foram as vezes em que ovelhas, atravessando vales de sofrimento, expressaram-se com a mais profunda sinceridade, dizendo: “Por favor, pastor, ore por mim! Tá doendo demais! Não consigo nem orar!”.
Outras vezes (também muitas outras vezes!), o sofrimento era tanto, o vale da sombra da morte era tão longo e a situação tão complicada que desabafavam assim: “Pastor, eu não sei nem como orar. Não tenho palavras. Não tenho forças para pedir. E nem sei o que pedir a Deus. Por favor, pastor, me ajude em oração! Ore por mim!”.
Ah! essas noites escuras da alma! Quem nunca as atravessou? Fica pior ainda quando a gente (sim, a gente, pastor também!), lá no fundo da alma, nutre a sensação de que Deus não está ouvindo, não adianta orar, pois se tiver de ser, será, com oração ou não.
Quando o sofrimento caminha de mão dadas com a incredulidade a gente fica a um passo do desespero ou de atos irreparáveis. Some-se a isto a brecha que damos ao tentador, convidando-o, mesmo que sem querer, a entrar pela porta do coração desesperado. Nessas horas, ninguém pode prever o que uma pessoa desesperada e tentada é capaz de fazer.
Graças a Deus que nós temos a escola de oração dos Salmos! Homens que sabiam o que é sofrimento oraram, registraram suas orações e as deixaram para nós — sob a inspiração e a preservação desses documentos pelo Espírito Santo — para que ao longo da história nós pudéssemos saber como orar em toda e qualquer circunstância. Portanto, quando não sabemos como orar, o que orar e não tivermos forças para orar, recorrer aos Salmos será de grande valor espiritual. É o que temos feito ao longo desta série de mensagens no livro de Salmos.
CONCLUSÃO DO LIVRO II
Os Salmos são compostos de cinco livros. O Livro Ivai do salmo 1 ao 41. O Livro II, do 42 ao 72. E assim por diante. Assim foi que, sob a inspiração do Espírito Santo, os salmos foram colecionados e colocados no Saltério.
O Livro IIcaminha para a sua conclusão à partir do Salmo 69 (que é o nosso salmo para hoje). E o que temos nos quatro últimos salmos deste segundo livro (69 a 72) são orações: Salmo 69 – oração de sofrimento, Salmo 70 – oração de desespero, Salmo 71 – oração do idosoe Salmo 72 – oração pelo rei(Salomão).
Deus permitindo, estudaremos cada uma dessas orações. Queremos aprender como orar em toda e qualquer circunstância: quando estivermossofrendo(Sl 69), quando estivermos desesperados(Sl 70), quando estivermos velhinhos (Sl 71), quando estivermos orando pelas nossas autoridades(Sl 72) e assim por diante.
PANORAMA DO SALMO 69
O Salmo 69 é messiânico. Ao lado dos salmos 22 e 110, este é um dos salmos mais frequentemente citados no Novo Testamento. É atribuído a Davi e tem afinidades bem definidas com os salmos 35, 40 e 109, por exemplo, que também são salmos davídicos. Porém, julgando por passagens contidas nele e que identificam períodos posteriores aos dias de Davi (p.ex., vs. 30-36), é possível que o salmo original de Davi tenha passado por acréscimos no período dos profetas, após a queda de Judá e Jerusalém pelos babilônios.
A coleção de Salmos era uma “herança viva” dos judeus e alguns deles ou foram adaptados ou sofreram acréscimos para as novas ocasiões da história de Israel no período dos profetas. Porém, qualquer que sejam as ocasiões narradas neste salmo, quando o lemos, encontramos o salmista sofrendo de maneira inexplicável e, com a pouca força que lhe restava, clamando a Deus em oração.
O título lê assim:
Ao regente do coral: salmo de Davi, para ser cantado com a melodia “Lírios”.
Spurgeon, escrevendo sobre o salmo, anotou que aqui nós temos
o lírio entre espinhos, o lírio do vale, bom e belo, desabrochando no jardim do Getsêmani.
O salmo, portanto, aponta para Jesus Cristo, remete-nos à dor e ao sofrimento que o Filho eterno de Deus padeceu em nosso lugar. No entanto, em que pese as referências messiânicas, o salmo descreve, primeiramente, os sofrimentos de Davi e do povo de Deus ao longo da história da salvação. E ensina-nos como nós devemos sentir, orar e nos expressar a Deus na hora de maior sofrimento.
Sobre as divisões do salmo, Spurgeon escreveu assim:
Este Salmo consiste em duas partes de 18 versos cada. Podem ser subdivididas em três outras partes cada [totalizando seis]. Na primeira parte, dos versículos 1–4, o sofredor espalha sua queixa diante de Deus; então ele alega que seu zelo por Deus é a causa de seus sofrimentos, nos versículos 5–12; e isso o encoraja a pedir ajuda e libertação, dos versículos 13–18. Na segunda metadedo Salmo, ele detalha a conduta prejudicial de seus adversários, dos versículos 19–21; pede pela punição de seus opressores,versículos 22–28; e depois retorna à oração e a uma alegre antecipação da interposição divina e seus resultados, versículos 29–36.
Parece-nos bastante razoável esta maneira de se desembrulhar o salmo. Vamos segui-la, fazendo algumas observações gerais, comentários pontuais e, no final, extrairemos algumas aplicações práticas para a nossa vida pessoal e como igreja.
Dividiremos assim o nosso estudo: 1— a melancolia da alma (vs. 1-4); 2— a maldade dos insultos (vs. 5-12); 3— a manutenção da esperança (vs. 13-18); 4— a magnitude do sofrimento (vs. 19-21); 5— a maldição devida aos ímpios (vs. 22-28); e 6— a música do coração (vs. 29-36). E no final algumas aplicações.
Vamos lá, uma parte de cada vez.
1 A MELANCOLIA DA ALMA (VS. 1-4)
A melancolia da alma era tanta que a figura usada pelo salmista para descrevê-la é de afogamento (vs. 1-2). Leve em conta que o povo do deserto, os hebreus, não tinham rios nem mares profundos. Não eram afeitos à navegação. As águas, portanto, simbolizavam dificuldades.
O salmista se sentia como se não tivesse chão para os pés, afundando em angústias, perdendo o fôlego de tanta ansiedade (v. 2). Orava e orava e não tinha mais saliva para orar. Nem lágrimas tinha mais para derramar. Sobraram apenas os olhos inchados de tanto chorar. Mesmo assim não deixou de esperar em Deus (v. 3).
O versículo 4 descreve bem a situação de Jesus. As acusações contra ele eram falsas e não havia motivo para odiá-lo (ver Jo 15.25). O sofrimento era grande, mas o ódio gratuito. Ouça (Sl 69.1-4)
1Salva-me, ó Deus, pois as águas subiram até meu pescoço. 2Afundo cada vez mais na lama e não tenho onde apoiar os pés. Entrei em águas profundas, e as correntezas me cobrem. 3Estou exausto de tanto clamar; minha garganta está seca. Meus olhos estão inchados de tanto chorar, à espera de meu Deus. 4Os que me odeiam sem razão são mais numerosos que os cabelos de minha cabeça. Muitos inimigos tentam me destruir com mentiras; exigem que eu devolva o que não roubei.
Oração de sofrimento é fruto de uma alma melancólica, em estado de grande tristeza e desencanto; depressão. Mas note: mesmo sem fôlego, ora; mesmo sem ter onde apoiar os pés, prossegue; mesmo sem força para orar e sem lágrima para derramar, espera em Deus; mesmo acusado, difamado e perseguido injustamente, confia em Deus.
2 A MALDADE DOS INSULTOS (VS. 5-12)
Nos versículos 5 e 6, o salmista descreve algum episódio de sua experiência. Sabia que era imperfeito. Errou em alguma coisa. Mas não contra os adversários. Mal algum lhes fez, mas teme que algum pecado seu pudesse fazer sofrer o povo de Deus. Ouça:
5Ó Deus, tu sabes como sou tolo; é impossível esconder de ti meus pecados. 6Não permitas que por minha causa sejam envergonhados os que em ti confiam, ó Soberano SENHOR dos Exércitos. Não deixes que por minha causa sejam humilhados, ó Deus de Israel.
Essa atitude humilde diante do povo de Deus, somada ao zelo que Davi tinha por Deus e pela causa de Deus, colocam em negrito e letras garrafais a maldade dos insultos que ele sofria por parte dos ímpios. Ouça (vs. 7-12):
7Pois, por tua causa, suporto insultos; meu rosto está coberto de vergonha. 8Até meus irmãos fingem não me conhecer; tratam-me como um desconhecido [Mt 3.31-35]. 9O zelo por tua casa me consome [Jo 2.17]; os insultos dos que te insultam caíram sobre mim [Rm 15.3]. 10Quando choro e jejuo, eles zombam de mim. 11Quando visto pano de saco, eles riem de mim. 12Sou o assunto principal de suas conversas, e os bêbados cantam a meu respeito.
Insultos por parte de ímpios, principalmente quando buscamos viver de forma piedosa (ver 2Tm 3.12), é o que se deve esperar neste mundo mal (ver Jo 16.33). O SENHOR colocou da seguinte maneira (Mt 10.24-25):
25“O discípulo não está acima de seu mestre, nem o escravo acima de seu senhor. 25Para o discípulo é suficiente ser como seu mestre, e o escravo, como seu senhor. Uma vez que o dono da casa foi chamado de Belzebu, os membros da família serão chamados de nomes ainda piores!
Falando da relação de seus discípulos com o mundo, lá em João, Jesus foi ainda mais claro, afirmando (Jo 15.18-20):
18“Se o mundo os odeia, lembrem-se de que primeiro odiou a mim. 19O mundo os amaria se pertencessem a ele, mas vocês já não fazem parte do mundo.Eu os escolhi para que não mais pertençam ao mundo, e por isso o mundo os odeia. 20Vocês se lembram do que eu lhes disse: ‘O escravo não é maior que o seu senhor’? Uma vez que eles me perseguiram, também os perseguirão. E, se obedeceram à minha palavra, também obedecerão à sua.
A questão, portanto, não é como não sofrerou evitar o sofrimento por causa de Cristo, mas como reagir ao sofrimentopor causa e em nome de Cristo. O SENHOR, mais uma vez, nos dá o exemplo (1Pe 2.21-25):
21Porque Deus os chamou para fazerem o bem, mesmo que isso resulte em sofrimento, pois Cristo sofreu por vocês. Ele é seu exemplo; sigam seus passos. 22Ele nunca pecou, nem enganou ninguém. 23Não revidou quando foi insultado, nem ameaçou se vingar quando sofreu, mas deixou seu caso nas mãos de Deus, que sempre julga com justiça. 24Ele mesmo carregou nossos pecados em seu corpo na cruz, a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos para a justiça; por suas feridas somos curados. 25Vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora voltaram para o Pastor, o Guardião de sua alma.
A maldade dos insultos que sofremos é vencida com fé na graça e na justiça de Deus, que derramou os nossos pecados em Cristo na cruz. Temos agora um Pastor que é Guardião de nossa alma. Confiemos. Paguemos o mal com o bem.
3 A MANUTENÇÃO DA ESPERANÇA (VS. 13-18)
Em contraste com a maldade dos ímpios que o insultam, o salmista age com fé e esperança, possibilitando-o, assim, derramar amor, principalmente sobre quem tão maldosamente o perseguia. Ouça. O trecho anterior terminou assim (Sl 69.11-12):
11Quando visto pano de saco, eles riem de mim. 12Sou o assunto principal de suas conversas, e os bêbados cantam a meu respeito.
Agora, prosseguindo em sua oração de sofrimento, o salmista ora a Deus, pautando-se pelos atributos ou qualidades de Deus (Sl 69.13-18):
13Eu, porém,continuo orando a ti, SENHOR, na esperança de que, desta vez, mostrarás teu favor. Responde-me, ó Deus, por teu grande amor; salva-me por tua fidelidade. 14Livra-me do atoleiro, não permitas que eu afunde ainda mais. Salva-me dos que me odeiam, tira-me destas águas profundas. 15Não deixes que as correntezas me cubram, nem que as águas profundas me engulam, nem que a cova da morte me devore. 16Responde às minhas orações, ó SENHOR, pois o teu amor é bom. Cuida de mim, pois a tua misericórdiaé imensa. 17Não te escondas de teu servo; responde-me sem demora, pois estou aflito. 18Vem e resgata-me[Deus é resgatador]; livra-me[Deus é libertador] de meus inimigos!
Como faz a diferença conhecer a Deus na hora do sofrimento! Quem Deus é e o que ele fez, faz e fará, a revelação que Deus faz de si mesmo na Palavra alimenta a fé e a esperança do coração sofredor, fazendo-o prosseguir, cantando e amando. Tanto é que cantamos assim, num de nossos hinos queridos — O Meu Coração Sofredor(HCC 463):
O meu coração sofredor // descanso seguro encontrou, // seguindo os conselhos de amor // do Pai, que do mal me chamou.
Cantai, cantai no templo do nosso Senhor. //Cantai, cantai, ao mundo mostrai seu amor.
Nos astros que brilham nos céus, // da lua no brando clarão, // eu leio poemas a Deus, // que falam de amor e perdão.
No livro bendito encontrei // palavras de amor e de luz // e canto celeste escutei // dos anjos, saudando Jesus.
Os males deste mundo deixei, // por isso me pus a cantar. // Com Deus para sempre estarei, // irei com Jesus ao seu lar.
4 A MAGNITUDE DO SOFRIMENTO (VS. 19-21)
No nosso salmo, a manutenção da esperança(vs. 13-18) intercala a maldade dos insultos(vs. 5-12) com a magnitude do sofrimento(vs. 19-21). Graças a Deus por isso!
O versículo 19, abrindo a estrofe que descreve a magnitude do sofrimento (vs. 19-21), traz três palavras sofridas: afronta,vergonha, vexame(ARA). Na NVI são zombaria, humilhaçãoe vergonha. E na NVT são: zombaria, vergonhae humilhação.
O versículo 20é doloroso. O salmista esperou compaixão e não recebeu.
O versículo 21 é a sequência do sofrimento; é uma metáfora do sofrimento de Davi, mas foi real com Jesus. Esperava água, veio vinagre (ver Mt 27.34 e 48 e Jo 19.28-29). Os adversários do SENHOR cumpriram a profecia de Davi.
Ouça o nosso salmo (Sl 69.19-21):
19Tu sabes que sofro zombaria, vergonha e humilhação; vês tudo que meus inimigos fazem. 20Os insultos deles me partiram o coração; estou desesperado! Se ao menos alguém tivesse piedade de mim; quem dera viessem me consolar. 21Em vez disso, põem veneno em minha comida; oferecem vinagre para matar minha sede.
Quantos de nós nunca sofreram a ponto de partir o coração? Quantos nunca ficaram desesperados? Quantos nunca se viram sem alguém com piedade por perto, sem consolo, sob ameaça, com sede de água, mas recebendo vinagre? Graças a Deus que nós não temos um Salvador que não sente o nosso sofrimento e que não se compadece de nós. Ouça o que escreveu o autor de Hebreus (4.15-16):
15Nosso Sumo Sacerdote entende nossas fraquezas, pois enfrentou as mesmas tentações que nós, mas nunca pecou. 16Assim, aproximemo-nos com toda confiança do trono da graça, onde receberemos misericórdia e encontraremos graça para nos ajudar quando for preciso.
Não importa a magnitude do sofrimento, em Cristo, nosso Sumo Sacerdote, que sofreu nossos sofrimentos — e ainda muito além do que jamais sofreremos, suportou o que suportou para que a ele nós pudéssemos nos achegar, certos de dele recebermos misericórdia e graça para nos ajudar quando for preciso.
5 A MALDIÇÃO DEVIDA AOS ÍMPIOS (VS. 22-28)
O trecho a seguir revela a maldição devida aos ímpios e impenitentes. É uma imagem poética (linguagem precatória) para descrever como haverão de sofrer aqueles que não reconhecem a Deus em seus caminhos e não se rendem diante da graça de Deus com arrependimento e fé. A punição divina será na mesma proporção da gravidade do pecado.
Outra coisa. Note que a descrição a seguir usa imagens para transmitir a idéia de uma vida devastada e triste de várias maneiras: na vida doméstica (v. 22), na saúde pessoal (v. 23) e em sua posteridade coletiva (v. 24-25). Está claro a partir do versículo 26 que essas pessoas são graves pecadores; são israelitas que não abraçaram o pacto e que exerciam influência para prejudicar os fiéis na comunidade de Israel. Daí a gravidade daqueles que se dizem crentes, mas não são. Ouça (Sl 69.22-28):
22Que a mesa farta diante deles se transforme em laço, e que sua prosperidade se torne armadilha. 23Que seus olhos se escureçam para que não vejam, e que seu corpo trema sem parar. 24Derrama tua fúria sobre eles, consome-os com o ardor de tua ira. 25Que as casas deles fiquem desoladas, e que não reste ninguém em suas tendas. 26Pois insultam aquele a quem castigaste, acrescentam dor a quem feriste. 27Amontoa uns sobre os outros os pecados deles; não permitas que sejam absolvidos. 28Apaga o nome deles do Livro da Vida; não deixes que sejam incluídos entre os justos.
Davi está falando da maldição devida aos ímpios.
6 A MÚSICA DO CORAÇÃO (VS. 29-36)
O salmista termina louvando a Deus pelo livramento (v. 30). É o que Deus merece e espera (v. 31). O versículo 32 exorta os fiéis e o verso 33 é uma grande promessa para os que confiam e se entregam a ele. A seguir, ele convoca a criação para louvar a Deus: vs. 34-36. A criação não tem vida espiritual, mas tudo que é de Deus deve refletir a glória de Deus, é o ensino. Ouça a conclusão do salmo (vs. 29-36):
29Estou aflito e sofro; socorre-me, ó Deus, com tua salvação! 30Então louvarei o nome de Deus com cânticos e o exaltarei com ações de graças. 31Pois isso agrada o SENHOR mais que sacrifícios de bois, mais que ofertas de touros com chifres e cascos. 32Os humildes verão Deus agir e se alegrarão; animem-se todos que buscam socorro em Deus. 33Pois o SENHOR ouve o clamor dos pobres; não despreza seu povo aprisionado. 34Louvem-no, céus e terra, os mares e tudo que neles se move. 35Pois Deus salvará Sião e reconstruirá as cidades de Judá. Seu povo viverá ali e em sua própria terra se estabelecerá. 36Os descendentes dos que o servem herdarão a terra, e os que o amam ali viverão, em segurança.
A frase final do salmo é uma lembrança da vitória derradeira dos que são do Senhor: eles “herdarão a terra, e os que o amam ali viverão, em segurança” — os mansos herdarão a terra: Mateus 5.5, com ele, o SENHOR, para sempre. Amém!
APLICAÇÕES
1 Não importa o tamanho do sofrimento: espere em Deus (v. 3); com ou sem lágrimas, espere em Deus; com ou sem chão, espere em Deus; com ou sem voz, espere em Deus. Ore. Mesmo sem saber como, ore. O Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
2. Nosso sofrimento deve nos remeter ao nosso próprio coração: é impossível esconder de Deus nossos pecador (v. 5); uma mesma história sempre tem dois lados; pecam sim contra nós, mas nós também pecamos contra Deus. Em outras palavras: O que o pecado do ímpio contra mim revela sobre meu pecado contra Deus e ou contra o próximo?
3. Quanto mais buscarmos viver piedosamente, mais sofreremos neste mundo mal (vs. 7-12). Recorramos, pois, à graça de Deus. Paguemos o mal como o bem.
4 Mantenha a sua fé e a sua esperança no conhecimento de Deus em Cristo Jesus (vs. 13-18). Acenda a chama do seu coração na glória de Deus em Cristo revelada na Bíblia.
5 Não há sofrimento pelo qual o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo não tenha passado e que, portanto, não possa se compadecer de nós (vs. 19-21).
6 O Senhor julgará com justiça aqueles que se levantam contra Deus e seu ungido.
7 Cristo sofreu tudo o que sofreu em nosso lugar para que, pela fé na vida e na obra de Jesus, nós pudéssemos ter salvação e um novo cântico no coração e nos lábios.
Portanto, ore, ore com com fé em Jesus, escorando-se na graça de Jesus, pedindo fé e esperança para prosseguir em nome de Jesus. Ore e não te cales. Espere em Deus.
S.D.G. L.B.Peixoto
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