28.02.2021
[Salmo 85] Ao regente do coral: salmo dos descendentes de Corá. 1SENHOR, abençoaste a tua terra; restauraste a condição de Israel. 2Perdoaste a culpa do teu povo; cobriste todos os seus pecados. Interlúdio 3Reprimiste tua fúria, sim, refreaste tua ira ardente. 4Agora, ó Deus de nossa salvação, restaura-nos; deixa de lado tua ira contra nós. 5Ficarás indignado conosco para sempre? Prolongarás tua ira por todas as gerações? 6Não nos reanimarás, para que o teu povo se alegre em ti? 7Mostra-nos o teu amor, SENHOR, e concede-nos a tua salvação. 8Ouço com atenção o que Deus, o SENHOR, diz, pois ele fala de paz a seu povo fiel; que não voltem, porém, a seus caminhos insensatos. 9Certamente sua salvação está perto dos que o temem; então nossa terra se encherá de sua glória. 10O amor e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. 11A verdade brota da terra, e a justiça sorri dos céus. 12Sim, o SENHOR dará suas bênçãos; nossa terra produzirá uma farta colheita. 13A justiça vai adiante dele e prepara o caminho para os seus passos.
— Eu quero recomeçar! Eu quero recomeçar, mas eu não consigo! Para dizer a verdade, nem sei por onde recomeçar a minha vida! Estou sem norte. Não tenho forças.
É assim que você se sente neste momento?
É possível que seja este o seu caso: você quer recomeçar a sua vida, mas não sabe como; e mesmo que soubesse, não tem forças. De tempos em tempos todos nós nos pegamos neste tipo de situação: precisando recomeçar, resetar a vida – mas onde está o botão de reset? como proceder? onde achar força?
O salmo de hoje é para quem caiu em si e está exausto, deprimido, ansioso, sem rumo, sem força e sem alegria, mas quer recomeçar.
Nunca será demais dizer que os Salmos não são simplesmente o registro da espiritualidade do Antigo Testamento, eles são um guia para a vida cristã – um guia para as emoções, os afetos e a adoração dos cristãos. Os Salmos nos dão um belo relato de como deve ser a nossa experiência cristã em face de toda e qualquer situação. E o salmo em tela é sobre recomeços – recomeços com Deus.
Quem teve uma experiência de perdão com Deus – a experiência salvadora de perdão com Deus – sabe que ela nunca será a última. “Cada dia é um novo tempo e oportunidade de voltar pra Deus”, cantou Gerson Borges. Isto foi verdade na vida do salmista também: lembrando de um perdão no passado, ele pediu perdão; lembrando de um recomeço no passado, ele pediu um novo recomeço. Não que fosse sem-vergonha, pecando toda hora, para depois pedir perdão. É que na hora do sofrimento por culpa (afinal: “não há quem não peque” – 1Rs 8.46; “Se afirmamos que não temos pecados, enganamos a nós mesmos e não vivemos na verdade” – 1Jo 1.8), o pecador arrependido sabe que seu Deus é amoroso.
No Salmo 51 Davi orou pedindo um recomeço pessoal:
Salmo 51.10-13 10Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova dentro de mim um espírito firme. 11Não me expulses de tua presença e não retires de mim teu Santo Espírito. 12Restaura em mim a alegria de tua salvação e torna-me disposto a te obedecer. 13Então ensinarei teus caminhos aos rebeldes, e eles voltarão a ti.
Este mesmo anseio é expresso agora no Salmo 85 pelos descendentes de Corá, só que com um desejo de renovação coletiva, de toda a nação:
Salmo 85.4-7 4Agora, ó Deus de nossa salvação, restaura-nos; deixa de lado tua ira contra nós. 5Ficarás indignado conosco para sempre? Prolongarás tua ira por todas as gerações? 6Não nos reanimarás, para que o teu povo se alegre em ti? 7Mostra-nos o teu amor, SENHOR, e concede-nos a tua salvação.
Não nos é dito explicitamente a ocasião exata para a composição do salmo, mas a evidência se encaixa nos anos após o povo de Deus retornar a Jerusalém do exílio na Babilônia. Sendo este o caso, temos uma ilustração ideal do propósito do salmo: como recomeçar com Deus. Veja: há um contraste entre os versículos iniciais – que falam de bênção, perdão e restauração recentes do povo (vs. 1-3) – e a oração nos versículos 4-7, que pede uma nova restauração. Desse modo, parece sim razoável datar o salmo ao período logo após o retorno dos judeus de seu cativeiro de 70 anos na Babilônia. Mas mesmo que este não tenha sido o cenário exato para este salmo, a condição dos exilados logo após o cativeiro babilônico oferece uma ilustração do tipo de desânimo do qual nasceria um salmo como o que temos aberto nesta noite.
Os primeiros judeus que retornaram a Jerusalém após os anos de exílio babilônico o fizeram em resposta ao decreto de Ciro, o rei da Pérsia, em 538 a.C. O relato está em Esdras 1–6. Os profetas Ageu e Zacarias nos contam que, uma vez de volta ao lar, as fundações do templo foram lançadas imediatamente pelo povo, e o templo em si foi terminado entre 520 e 515 a.C. (ou seja: 23 anos mais tarde!) – isto com muito custo, sob muita exortação profética para que se mantivessem fieis, dizimassem, ofertassem, trabalhassem pela reconstrução.
Os judeus também tentaram reconstruir as muralhas da cidade. Tudo estava sendo muito difícil, o trabalho era gigantesco… e as obras foram abandonadas, provavelmente depois que seus inimigos destruíram o pequeno trabalho de reconstrução que havia sido feito. O relato de Hanani a Neemias dizia o seguinte:
Neemias 1.3 “As coisas não vão bem para os que regressaram à província de Judá. Eles estão passando por dificuldades e humilhações. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo”.
Podemos imaginar a alegria inicial do povo por poder retornar à sua terra natal. Eles devem ter celebrado com cânticos de alegria o fato de que Deus havia realmente restaurado sua sorte com todo tipo de bençãos, perdoado seus pecados e desviado sua ira para bem longe deles (Sl 85.1-3). O problema foi que quando esses primeiros alegres recomeços começaram a fracassar em virtude de tanta trabalho, pesado trabalho e perseguição ferrenha, o empenho para a reconstrução da cidade e da nação cessou, o desânimo e até mesmo o desespero se instalaram naquela gente. E o riso deu lugar ao choro; o ânimo foi vencido pela apatia (Sl 126).
O que o povo de Deus faz em tais circunstâncias?
Como o povo de Deus procede em seus recomeços?
O que se faz quando se quer recomeçar, mas não se tem força?
Esta será a resposta que acharemos no Salmo 85: como recomeçar com Deus.
Se o retorno do exílio babilônico é o verdadeiro cenário histórico do salmo (e, como vimos, tudo indica que seja – as semelhanças entre o 85 e o 126 são grandes), sabemos pela história que Deus respondeu à oração deste salmo, enviando Neemias para reconstruir os muros, reerguer a nação e elevar o povo a novos níveis de espiritualidade e alegria no SENHOR.
Passemos ao exame do salmo.
Vamos dar uma olhada em dicas ou passos pelos quais um cristão desanimado, talvez você, pode ser elevado do abatimento ou desânimo espiritual a novos níveis de alegria no SENHOR e de força para prosseguir. Caminharemos pelo salmo em três etapas, buscando respostas à pergunta: como obter força para recomeçar?
[1] Recorde das misericórdias de Deus no passado (vs. 1-3)
[2] Recorra a Deus em oração pelo presente (vs. 4-7)
[3] Reanime-se com as promessas de Deus para o futuro (vs. 8-13)
Quando a vida se torna turbulenta, ou nós nos abatemos e perdemos a força para prosseguir, é bom olhar para trás para ver como era antes de as coisas começarem a dar errado. Foi isso que fizeram os filhos de Corá (descendentes daquela escola de poesia e de música originalmente criada por Davi) – de modo artístico, poético olharam para o passado, recordando as misericórdias de Deus.
Deus havia provado seu amor pelo seu povo quando os restaurou da Babilônia (v. 1). Esta é a mesma frase usada em Salmos 126.1 e 4, e que pode ser traduzida como “Quando o SENHOR trouxe os exilados [da Babilônia] de volta a Sião”. Deus os havia mandado para o cativeiro porque estava irado com a apostasia deles, então o fato de tê-los trazido de volta significava que ele perdoou (sua) culpa e cobriu todos os seus pecados (v. 2). A palavra cobrir se refere ao sangue aspergido sobre a “tampa de ouro da expiação” ou o “propiciatório” da arca (Êx 25.17) que propiciava a ira de Deus. Veja:
Salmo 85.1-3 1SENHOR, abençoaste a tua terra; restauraste a condição de Israel. 2Perdoaste a culpa do teu povo; cobriste todos os seus pecados. Interlúdio 3Reprimiste tua fúria, sim, refreaste tua ira ardente.
A pausa ou interlúdio de Selah é apropriada no final do versículo 2, uma vez que esses pontos precisam ser absorvidos. No momento em que este salmo foi escrito, o sistema de sacrifício provavelmente não havia sido reintroduzido. No entanto, Deus não se restringia a cerimônias e seu perdão era tão real como se estivessem em pleno andamento. Isso significava que eles não poderiam ainda estar sob sua ira ou fúria, uma vez que pelo sangue da propiciação Deus mesmo havia reprimido e refreado sua ira ardente (v. 3).
É bom olhar para o passado é recordar dos grandes atos de misericórdia de Deus – na história do povo e na nossa própria história; sobretudo na obra de Cristo, que serviu, como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, de propiciação para absorver sobre si mesmo a ira e a fúria de Deus que todos nós merecíamos. Olhamos para esse ato de misericórdia divina, o maior ato de todos, quando sentamos à mesa do SENHOR, na ceia que celebramos regularmente em memória de Cristo. Olhamos para o passado na ceia do SENHOR e celebramos como Cristo, pela sua obra vicária/substitutiva, reprimiu a fúria e refreou a ira ardente de Deus sobre nossa vida.
Por que recordar das misericórdias de Deus no passado?
[1] Somos propensos a nos esquecer dos atos de bondade;
[2] Somos tentados a nos revoltar quando estamos sofrendo;
[3] Precisamos manter ardente a chama do louvor no coração.
Precisamos recordar das misericórdias de Deus no passado, sobretudo porque por mais reconfortante que isso seja, deixa sempre espaço para a perplexidade por causa da situação sofrida do presente. Afinal, se Deus nos ama e já fez tanto por nós, por que eu não tenho força para prosseguir ou recomeçar? Isso nos leva ao passo seguinte.
Diante de tudo o que Deus fez (vs. 1-3), como interpretariam o presente estado? Parecia que o descontentamento de Deus com o povo continuava e sua ira se prolongava. Veja:
Salmo 85.4-7 4Agora, ó Deus de nossa salvação, restaura-nos; deixa de lado tua ira contra nós. 5Ficarás indignado conosco para sempre? Prolongarás tua ira por todas as gerações? 6Não nos reanimarás, para que o teu povo se alegre em ti? 7Mostra-nos o teu amor, SENHOR, e concede-nos a tua salvação.
Sim, há momentos em que o nosso pecado nos causa a sensação de que Deus continua irado, indignado e distante. Mas isso é apenas o efeito do pecado. Não é a realidade. Nada nos separa ou separará do amor de Deus por nós em Jesus Cristo. Não deixe o acusador apagar sua fagulha de fé. Ouça o apóstolo João:
1João 1.8-10 8Se afirmamos que não temos pecados, enganamos a nós mesmos e não vivemos na verdade. 9Mas, se confessamos nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. 10Se afirmamos que não pecamos, chamamos Deus de mentiroso e mostramos que não há em nós lugar para sua palavra.
Realmente, somos pecadores, cometemos pecados, mas Cristo Jesus é a nossa propiciação diante de Deus – sobre ele é lançada a ira e a indignação de Deus contra o pecado e o pecador. Cabe a nós, a mim e a você, reconhecer o pecado, arrepender dele e confessá-lo com fé ao SENHOR, em nome de Jesus Cristo. João prossegue na epístola:
1João 2.1-2 1Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, contudo, alguém pecar, temos um advogado que defende nossa causa diante do Pai: Jesus Cristo, aquele que é justo. 2Ele mesmo é o sacrifício para o perdão de nossos pecados, e não apenas de nossos pecados, mas dos pecados de todo o mundo.
Parece-nos que o que lemos em Salmos 85.4-7 seja a resposta do povo (pela pena poética do salmista) à pregação de Ageu, que os repreendeu por abandonarem o trabalho no templo em favor de suas próprias casas, estavam negligenciando o trabalho e negando seus dízimos e ofertas a Deus – e por tudo aquilo Deus estava retendo-lhes as chuvas para regar as lavouras e os pastos (Ageu 1). O ânimo só tomou conta do povo de novo quando ouviram e praticaram a palavra de Deus (Ageu 1.12-15).
O Salmo 85.4-7 nos revela que o povo ficou convicto em seu coração de que haviam feito de seus problemas pessoais uma desculpa para negligenciar o SENHOR. E agora eles pediam a Deus para “reanimar” seu coração nele:
Salmo 85.4-7 4Agora, ó Deus de nossa salvação, restaura-nos; deixa de lado tua ira contra nós. 5Ficarás indignado conosco para sempre? Prolongarás tua ira por todas as gerações? 6Não nos reanimarás, para que o teu povo se alegre em ti? 7Mostra-nos o teu amor, SENHOR, e concede-nos a tua salvação.
Aquele a quem eles clamam é o SENHOR, cujo amor, demonstrado por eles ao torná-los um povo da descendência de Abraão e libertá-los da escravidão – tanto no Egito como na Babilônia –, esse Deus, o Deus da aliança com Israel, é infalível e o salvaria de novo, tantas vezes quantas houvesse arrependimento genuíno e fé salvadora. Portanto, recorra a Deus em oração pelo presente. Romanos 8.32: “Se ele não poupou nem mesmo seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, acaso não nos dará todas as outras coisas?” Recorra a Deus em oração pelo presente.
Força para recomeçar se encontra quando [1] recorda-se das misericórdias de Deus no passado e [2] recorre-se a Deus em oração pelo presente – i.e., oração de arrependimento e de fé na vida e obra do SENHOR Jesus Cristo. Mas tem mais, é preciso [3] reanimar-se com as promessas de Deus para o futuro – e isso nos traz à última estrofe do Salmo 85. Atente-se em como você pode se reanimar com as promessas de Deus para o futuro: [1] ouvidos abertos à Deus, [2] coração dedicado à glória de Deus e [3] mãos e pés à obra de Deus.
1 – Ouvidos abertos à Deus
Clamar na hora do aperto todo mundo clama. Mas isto não basta. É preciso prestar atenção à palavra de Deus (v. 8a). Devemos ouvi-lo porque ele só fala de paz ao seu povo quebrantado (v. 8b). E devemos nos corrigir – não podemos voltar aos caminhos do pecado que são “insensatos” (v. 8c).
Salmo 85.8 Ouço com atenção o que Deus, o SENHOR, diz, pois ele fala de paz a seu povo fiel; que não voltem, porém, a seus caminhos insensatos.
2 – Coração dedicado à glória de Deus
Deve-se confiar que a salvação está perto, o SENHOR está perto para salvar (v. 9a). Deus nunca está longe de você, e virá em breve (Fl 4.5)! Havendo confissão de pecado e correção de posturas, a glória (kabôd) se firmaria na terra (v. 9b). Era a glória do templo que fora embora quando o povo pecou. Cuidado: não permita que a glória de Deus se aparte de sua vida! Viva perto dele, acerte sua vida com ele! E se perder a sensação da presença divina em sua vida, clame e se corrija pela graça, por meio da fé.
Salmo 85.9 Certamente sua salvação está perto dos que o temem; então nossa terra se encherá de sua glória.
3 – Mãos e pés à obra de Deus
As expressões do favor de Deus para com seu povo são personificadas nos versículos 10-13, e o retrato vívido do encontro entre elas – as bençãos de Deus –, trocando abraços e beijos, é uma das mais belas figuras bíblicas do modo misericordioso de Deus lidar com seu povo segundo a aliança – de como ele agiu em Jesus Cristo. Vemos aqui que Deus nos cerca com misericórdia e fidelidade, justificando-nos e dando-nos paz (sensação de realização):
Salmo 85.10-13 10O amor e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. 11A verdade brota da terra, e a justiça sorri dos céus. 12Sim, o SENHOR dará suas bênçãos; nossa terra produzirá uma farta colheita. 13A justiça vai adiante dele e prepara o caminho para os seus passos.
Ora, se é isso que pela fé em Cristo nós desfrutamos de Deus, é de nós requerido que tudo isso seja repartido ao mundo, indo, fazendo discípulos, espalhando a vida e os valores do reino de Deus: [1] amor e verdade devem se encontrar em nossa vida; [2] justiça e paz devem se beijar em nosso proceder; [3] verdade deve brotar de nós e justiça deve sorrir através de nós, de nossos lábios que falam do evangelho… todas essas bênçãos descrevem o reino final, estabelecido de Deus, e que hoje está em construção na medida em que levamos o evangelho; mas o reino de Deus já está em nós e no contexto da igreja local. Portanto:
Salmo 85.10-13 10O amor e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. 11A verdade brota da terra, e a justiça sorri dos céus. 12Sim, o SENHOR dará suas bênçãos; nossa terra produzirá uma farta colheita. 13A justiça vai adiante dele e prepara o caminho para os seus passos.
Quando você ouve a Deus na Palavra (v. 8), dedica seu coração à glória de Deus nesta terra (v. 9) e vive pelos valores do reino de Deus e para espalhar esses valores, na esperança da vinda do reino de Deus (vs. 10-13), você se reanima com as promessa de Deus e vive orientado pela bendita esperança:
Tito 2.11-14 11Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. 12Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, 13enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. 14Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.
Você quer recomeçar? Quer recomeçar, mas não sabe como nem tem força para recomeçar? Este salmo é para você (e para mim) que todo dia precisa recomeçar com Deus.
Mesmo quando estamos caídos, Deus está perto. Mesmo quando falhamos, ele é misericordioso. Os versículos 10 a 13 do Salmo 85 têm sido interpretados como uma profecia messiânica. Em Jesus, o terno e profundo amor de Deus, sua capacidade de nos amar, mantendo-se fiel às suas promessas, se encontram – Cristo se tornou justo e justificador (Rm 3). De fato, em Jesus a justiça e a paz se encontram, abraçam-se e se beijam. Mesmo pecadores e em depressão espiritual, temos a aceitação e a paz de Deus em Jesus (“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” – Jo 14.27).
Quem perdeu a glória de Deus em sua vida, lembre-se disto: ele está perto. Em Jesus, ele sempre está perto. E socorre os que pedem auxílio:
Hebreus 4.14-16 14Visto, portanto, que temos um grande Sumo Sacerdote que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos firmemente àquilo em que cremos. 15Nosso Sumo Sacerdote entende nossas fraquezas, pois enfrentou as mesmas tentações que nós, mas nunca pecou. 16Assim, aproximemo-nos com toda confiança do trono da graça, onde receberemos misericórdia e encontraremos graça para nos ajudar quando for preciso.
Você se sente quebrado(a) pelo pecado?
Perdeu o ânimo e a alegria, mas quer recomeçar?
Anime-se. Recobre suas forças. Recomece em Jesus Cristo, o autor e consumidor da nossa fé. Olhe para Jesus Cristo e prossiga.
S.D.G. L.B.Peixoto
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Pr. Leandro B. Peixoto