06.12.2020
[Gálatas 1.6-9] 6Admiro-me que vocês estejam se afastando tão depressa daquele que os chamou para si por meio da graça de Cristo. Vocês estão seguindo um caminho diferente que se faz passar pelas boas-novas, 7mas que não são boas-novas de maneira nenhuma. Estão sendo perturbados por aqueles que distorcem deliberadamente as boas-novas de Cristo. 8Que seja amaldiçoado qualquer um, incluindo nós, ou mesmo um anjo do céu, que anunciar boas-novas diferentes das que nós lhes anunciamos. 9Repito o que disse antes: se alguém anunciar boas-novas diferentes das que vocês receberam, que seja amaldiçoado.
Iniciamos, hoje de manhã, o estudo de sola Scriptura – somente a Bíblia – afirmando que vivemos em um mundo pós-verdade, em que fatos objetivos têm menos influência que os apelos às emoções e às crenças pessoais. Por outro lado, nossa é uma época cheia de reivindicações de verdades concorrentes – i.e., cada um com a sua própria verdade.
Para não sucumbirmos ao caos, pessoal, social e de perdição eterna, precisaremos de uma autoridade máxima e decisiva sobre nós – e não poderá ser a razão pura, a experiência pessoal ou qualquer outra autoridade, religiosa ou científica, interna ou externa, que se sirva a produzir o contexto adequado para a leitura, a compreensão e o apelo das Escrituras.
A Bíblia, somente a Bíblia, a Bíblia pura e simples terá que ser a nossa autoridade máxima, decisiva. A Bíblia, somente a Bíblia, a Bíblia pura e simples, segundo o entendimento da autoridade que ela mesma possui em si mesma, a qual foi resgatada pela Reforma Protestante, é o que mais precisamos para viver uma vida pela graça, por meio da fé centrada em Cristo, para a glória de Deus.
Resumidamente, na primeira parte deste estudo, abordamos a compreensão sobre a Bíblia antes da Reforma – e verificamos que os mesmos problemas, guardadas as proporções, ainda persistem. Nesta segunda parte do estudo, verificaremos o entendimento de Lutero e da Reforma sobre o significado de somente a Bíblia, e extrairemos alguns usos desta doutrina. Semana que vem pela manhã, se Deus permitir, encerraremos abordando a suficiência da Bíblia para a pessoa, a igreja e a sociedade.
A teologia de Martinho Lutero era uma teologia da palavra de Deus. Prova é que o ponto alto de seu mais conhecido hino é o verso tão encorajador que diz: “Sim, que a palavra ficará, sabemos com certeza” (Castelo forte, C.C. 323).
A superioridade da Bíblia
Já vimos que em sua época, Lutero enfrentou duas correntes que considerava como ameaças à centralidade das Escrituras como sendo a autoritativa, decisiva e suficiente palavra de Deus: o “papado” e os “entusiastas”. ATENÇÃO: Não é que Lutero desprezasse a autoridade da igreja, o valor da tradição e a ação do Espírito Santo, mas que para ele é somente a Bíblia que tem autoridade decisiva sobre a tradição, a igreja e as experiências pessoais, e não vice-versa.
Em sua resposta ao cardeal Caetano (1469-1534), em 1518, que o confrontou com base na autoridade do ensinamento da igreja, o reformador afirmou que “a verdade da Escritura tem prioridade; depois é que se deve verificar se podem ser verdadeiras as palavras humanas.”
Em sua carta ao papa Leão X (1513-1521), escrita em setembro de 1520, Lutero reconheceu a autoridade religiosa papal, mas o convidou a se submeter aos ensinamentos claros e simples da Escritura. Respondendo à ameaça de excomunhão promulgada pelo papa, Lutero empregou a expressão “somente a Escritura”, provavelmente pela primeira vez. Eis o que disse o reformador:
Não quero jogar fora todos aqueles que são mais instruídos [do que eu sou], mas somente a Escritura deve reinar, e não a interpreto por meu próprio espírito ou pelo espírito de qualquer homem, mas quero entendê-la por si mesma e mediante seu espírito.
Diante da Dieta de Worms (uma assembleia de cardeais reunidos na cidade de Worms), em maio de 1521, Lutero fez sua mais famosa declaração acerca da autoridade das Escrituras:
A não ser que seja convencido pelo testemunho da Escritura ou por argumentos evidentes (pois não acredito nem no papa nem nos concílios exclusivamente, visto que está claro que os mesmos erraram muitas vezes e contradisseram a si mesmos) – a minha convicção vem das Escrituras a que me reporto, e minha consciência está presa à palavra de Deus […].
Quando entendia que qualquer autoridade se contrapunha às Escrituras, Lutero era bem incisivo:
Contra todos os Pais [da Igreja], contra a arte e a palavra de todos os anjos, seres humanos e diabo, levanto a Escritura e o evangelho […]. Aí estou, aí sou impertinente, aí me vanglorio e digo: a palavra de Deus me é superior a tudo […]. Por isso, não me importa um cabelo sequer, se mil Agostinhos […] estiverem contra mim.
Como visto na primeira parte, hoje pela manhã, o segundo grupo contra o qual Lutero lutou foi o que ele denominou “entusiastas”. Eles, na visão do reformador, submetiam a autoridade das Escrituras à voz interior da própria interpretação individual, camuflando-a de verdade ensinada diretamente pelo Espírito, sem a necessidade da Bíblia. Contrapondo-se a essa concepção absurda, Lutero declarou:
E nessas partes, que dizem respeito à palavra falada, externa, é preciso permanecer com firmeza nisto: que Deus a ninguém dá o seu Espírito ou a graça, a não ser por intermédio da palavra exterior precedente ou com ela. Assim nos protegemos dos entusiastas, isto é, daqueles espíritos que se vangloriam de ter o Espírito sem a palavra e antes dela, e que depois julgam, interpretam e esticam a Escritura ou a palavra oral a seu bel-prazer. Assim procedeu Müntzer, e em nossos dias ainda o fazem muitos que querem ser juízes severos na distinção entre Espírito e letra, não sabendo, entretanto, o que dizem ou ensinam.
Neste mesmo escrito, Lutero enfatizou que “Deus não trata conosco, exceto por meio de sua Palavra externa […] Tudo o que é atribuído ao Espírito, à parte de tal Palavra […], é do Diabo”. Lutero conhecia bem o valor que os apóstolos atribuíam à palavra escrita, sob a inspiração do Espírito Santo, 2Pedro 1.16-21 (NVT):
16Porque não inventamos histórias engenhosas quando lhes falamos da poderosa vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Vimos com os próprios olhos seu esplendor majestoso, 17quando ele recebeu honra e glória da parte de Deus, o Pai. A voz da glória suprema de Deus lhe disse: “Este é meu Filho amado, que me dá grande alegria”. 18Nós mesmos ouvimos essa voz do céu quando estávamos com ele no monte santo. 19Além disso, temos a mensagem que os profetas proclamaram, que é digna de toda confiança [que é ainda mais segura, a palavra escrita; tanto mais confirmada, a palavra escrita]. Prestem muita atenção ao que eles escreveram, pois suas palavras são como lâmpada que ilumina um lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da manhã brilhe no coração de vocês. 20Acima de tudo, saibam que nenhuma profecia nas Escrituras surgiu do entendimento do próprio profeta, 21nem de iniciativa humana. Esses homens foram impulsionados pelo Espírito Santo e falaram da parte de Deus.
Em sua polêmica contra Andreas Karlstadt, que havia sido seu colega na Universidade de Wittenberg, Lutero foi bem incisivo:
O que, então? A palavra, a palavra, a palavra – estás ouvindo bem, espírito mentiroso? – é a palavra que faz isso! Porque mesmo se Cristo fosse dado e crucificado mil vezes por nós, tudo seria em vão se a palavra de Deus não viesse a nós e o partilhasse e presenteasse a mim e dissesse: ‘Isso é teu, pega e guarda-o bem’.
A Bíblia interpreta a Bíblia
Martinho Lutero defendeu o princípio hermenêutico de que a Escritura é sua própria intérprete. Disse o reformador que “não é o intérprete que confere sentido ao texto ou que torna o texto compreensível; antes, é o texto que deve poder dizer aquilo que tem a dizer a partir de si mesmo”. Em outras palavras: não é o leitor que deve se impor diante do texto bíblico, mas o texto bíblico que deve confrontar e se impor diante do leitor. Além disso, do ponto de vista de Lutero, a Bíblia não pode ser tratada como um mero objeto de pesquisa acadêmica. Sua correta interpretação pressupõe um envolvimento dinâmico e vivo do intérprete com a palavra de Deus.
Cristo é o foco e o cumprimento da Bíblia
Outro elemento importante da hermenêutica de Lutero é que Cristo é visto como o centro a partir do qual toda a Bíblia deve ser compreendida, posto que ele é o foco e o cumprimento de toda a Escritura. O reformador defendeu que o princípio pelo qual Antigo e Novo Testamento devem ser interpretados é “o que promove Cristo”. Afirmou:
Ora, os Evangelhos e as Epístolas dos apóstolos foram escritos porque eles próprios querem ser esses indicadores, instruindo-nos nos escritos dos profetas e de Moisés, do Antigo Testamento, para que ali leiamos e vejamos como Cristo está enrolado em fraldas e colocado na manjedoura, isto é, como ele é anunciado [antecipadamente] na escritura dos profetas. Ali o nosso estudo e a nossa leitura devem exercitar-se e ver o que é Cristo, para que ele foi dado, como ele foi prometido e como toda a Escritura se refere a ele […]
A clareza da Bíblia
Em seu debate com Erasmo, Lutero também enfatizou a clareza das Escrituras. Contrapondo-se à ideia daquele e de outros teólogos, de que a Bíblia é geralmente obscura, Lutero afirmou que:
[…] existe uma dupla clareza da Escritura, assim como existe uma dupla obscuridade: uma é externa, colocada no ministério da palavra; a outra situada na cognição do coração. Se falas de clareza interna, nenhum ser humano percebe nem um único i das Escrituras, a menos que tenha o Espírito de Deus. Todos têm um coração obscurecido, de modo que, mesmo que digam e saibam recitar toda a Escritura, nada dela percebem ou conhecem verdadeiramente. […] Pois para compreender toda a Escritura e qualquer parte dela se precisa do Espírito [Santo]. Se falas da [clareza] externa, não resta absolutamente nada obscuro ou ambíguo; antes, tudo o que há nas Escrituras foi conduzido à luz certíssima e declarado como um todo pela palavra.
Isso significa que a Escritura se apresenta externamente (no vernáculo popular) de modo claro e fácil de ser compreendida pelo leitor humilde e atento. Todavia, tal clareza carece ainda da atuação interior do Espírito Santo para ser eficaz na vida do leitor. Esta necessidade se dá, não por uma obscuridade da própria Escritura, como defendia Erasmo, mas sim por causa do coração obscurecido do homem pecador. Assim — de acordo com Lutero — “[…] a própria Sagrada Escritura, a partir de si mesma, é extremamente segura, fácil de entender, clara e manifesta; ela é sua própria intérprete, ao examinar, julgar e iluminar as afirmações de todas as pessoas […]”.
A Bíblia e a tradição da história da igreja
Todavia, para o reformador, a interpretação das Escrituras não acontece “na singularidade do pesquisador ou do leitor solitário da Bíblia”, mas na interação com a comunidade dos justificados, sobretudo no culto. Ou seja, é no contexto da reunião eclesiástica e do estudo coletivo que as Escrituras são corretamente interpretadas pelo povo de Deus.
Lutero encarava a palavra pregada como uma verdadeira instituição, um sacramento através do qual Deus vem ao ser humano e o confronta, conduzindo-o à fé. Ele cria que “o Espírito Santo dado na palavra é quem faz de alguém um cristão e de uma reunião uma igreja. Por isso, onde está a palavra de Deus, ali está a igreja.”
Sobre a importância da Bíblia para a vida da igreja, o reformador enfatizava:
Pois o Evangelho é, ainda antes do pão e do batismo, o símbolo único, mais seguro e mais eminente da igreja, porque somente pelo evangelho a igreja é recebida, formada, nutrida, gerada, criada, apascentada, vestida, adornada, fortalecida, armada, preservada, em suma, toda a vida e essência da igreja consiste na palavra de Deus.
Por isso, o reformador de Wittenberg acreditava que a função de pregador da Palavra de Deus era um “dever sagrado”, um ofício santo. Desse modo, tal atividade não deveria ser realizada por qualquer um, mas apenas por pessoas devidamente chamadas e capacitadas por Deus para este ministério.
Portanto, para Martinho Lutero, sola Scriptura significava que todas as autoridades, por mais respeitáveis que fossem, deveriam se submeter à autoridade decisiva das Escrituras. Ninguém estava acima da palavra de Deus, quer fosse autoridade eclesiástica ou mesmo a voz interior do indivíduo. A Palavra deveria ter a primazia na definição da crença e da prática tanto das pessoas quanto da igreja.
A base bíblica de Lutero
Pergunta: quando Lutero afirmou,
A não ser que seja convencido pelo testemunho da Escritura ou por argumentos evidentes (pois não acredito nem no papa nem nos concílios exclusivamente, visto que está claro que os mesmos erraram muitas vezes e contradisseram a si mesmos) – a minha convicção vem das Escrituras a que me reporto, e minha consciência está presa à palavra de Deus […].
em qual texto bíblico ele se ancorava? Por exemplo, Gálatas 1.6-9:
6Admiro-me que vocês estejam se afastando tão depressa daquele que os chamou para si por meio da graça de Cristo. Vocês estão seguindo um caminho diferente que se faz passar pelas boas-novas, 7mas que não são boas-novas de maneira nenhuma. Estão sendo perturbados por aqueles que distorcem deliberadamente as boas-novas de Cristo. 8Que seja amaldiçoado qualquer um, incluindo nós, ou mesmo um anjo do céu, que anunciar boas-novas diferentes das que nós lhes anunciamos. 9Repito o que disse antes: se alguém anunciar boas-novas diferentes das que vocês receberam, que seja amaldiçoado.
Outra pergunta: quando Lutero rebateu os entusiastas, que colocavam sua experiência pessoal acima das Escrituras, em qual texto bíblico ele se apoiava? Por exemplo, 1Coríntios 14.37-38:
36Ou vocês pensam que a palavra de Deus se originou entre vocês? Acaso são os únicos aos quais ela foi entregue? 37Se alguém afirma ser profeta ou se considera espiritual, será o primeiro a reconhecer que o que lhes digo é uma ordem do Senhor. 38Se alguém ignorar esse fato, ele mesmo será ignorado [ou: que permaneça na ignorância].
E ainda: quando Lutero dizia que a Bíblia interpreta a própria Bíblia, em que ele se escorava? Por exemplo, 2Timóteo 2.7: “Pense no que estou lhe dizendo. O Senhor o ajudará a entender todas essas coisas.”
Lutero COMBATEU OS ENTUSIASTAS – os quais colocavam a experiência pessoal acima da autoridade decisiva da Escritura, e LUTOU CONTRA OS PAPISTAS – aqueles que colocavam a autoridade papal, a tradição da igreja ou qualquer outro pensamento humano também acima da autoridade decisiva da Escritura.
Lutero, entretanto, NÃO CRITICAVA POR COMPLETO O USO DA HISTÓRIA E DA INTERPRETAÇÃO DA IGREJA SOBRE A BÍBLIA. O reformador conhecia bem o texto de Judas 3-4, que diz:
3Amados, embora planejasse escrever-lhes com todo empenho sobre a salvação que compartilhamos, entendo agora que devo escrever a respeito de outro assunto e insistir que defendam a fé que, de uma vez por todas, foi confiada ao povo santo. 4Pois alguns indivíduos perversos se infiltraram em seu meio sem serem notados, dizendo que a graça de Deus permite levar uma vida imoral. […]
Por que é importante sabermos que Lutero não era contra a tradição ortodoxa da igreja em si? Como acontece com muitas outras convicções cristãs fundamentais, a doutrina da Escritura Somente tem sido mal-entendida e mal-aplicada pelos evangélicos.
Infelizmente, alguns têm usado o sola Scriptura como justificativa para um tipo de individualismo – “eu, Deus e a Bíblia” –, onde a igreja não tem a menor autoridade real, e a história da igreja não é considerada ao se interpretar e se aplicar a Escritura. Assim sendo, muitas igrejas hoje são quase “a-históricas” – separadas inteiramente das ricas tradições, credos e confissões da história da igreja. Essas igrejas entendem, erroneamente, que sola Scriptura significa que a Bíblia é a única autoridade em vez de compreender que isso significa que a Bíblia é a única autoridade infalível, dito de outra maneira: a Bíblia é a autoridade decisiva.
Ironicamente, tal abordagem individualista e arrogante, na verdade, enfraquece a própria doutrina que o sola Scriptura pretende proteger. Ao enfatizar a autonomia decisiva do crente – a competência decisiva do indivíduo –, fica-se apenas com conclusões particulares, subjetivas sobre o que a Bíblia realmente intenta dizer. Ao se destacar a competência decisiva do indivíduo, não é tanto a autoridade das Escrituras que é valorizada, mas a autoridade do indivíduo. O que é uma tragédia.
Nossa autoridade infalível e decisiva é somente a Escritura. E para não errarmos, precisamos daqueles que vieram antes de nós, e dos que hoje nos ensinam. Isto é sim bíblico:
1Tessalonicenses 5.12 (NVT) Irmãos, honrem seus líderes na obra do Senhor. Eles trabalham arduamente entre vocês e lhes dão orientações.
2Tessalonicenses 3.6 (NVT) E agora, irmãos, nós lhes damos a seguinte ordem em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, mantenham-se afastados de todos os irmãos que vivem ociosamente e não seguem a tradição que receberam de nós.
1Timóteo 4.13 (NVT) Até minha chegada, dedique-se à leitura pública das Escrituras, ao encorajamento e ao ensino.
2Timóteo 2.2 (NVT) Você me ouviu ensinar verdades confirmadas por muitas testemunhas confiáveis. Agora, ensine-as a pessoas de confiança que possam transmiti-las a outros.
Hebreus 13.7 (NVT) Lembrem-se de seus líderes que lhes ensinaram a palavra de Deus. Pensem em todo o bem que resultou da vida deles e sigam seu exemplo de fé.
Hebreus 13.17 (NVT) Obedeçam a seus líderes e façam o que disserem. O trabalho deles é cuidar de sua alma, e disso prestarão contas. Deem-lhes motivo para trabalhar com alegria, e não com tristeza, pois isso certamente não beneficiaria vocês.
Judas 3-4 (NVT) […] defendam a fé que, de uma vez por todas, foi confiada ao povo santo. Pois alguns indivíduos perversos se infiltraram em seu meio sem serem notados […]
Usos
1. Você precisa de um novo coração para entender, amar e praticar a Bíblia. Isto é obra do Espírito Santo. É o que a Bíblia chama de novo nascimento. Regeneração. O Senhor mesmo é quem abre seus olhos para o pecado, você se arrepende e se volta para Cristo com fé. Atos 16.14:
Uma delas [dentre as mulheres que ouviam] era uma mulher temente a Deus chamada Lídia, da cidade de Tiatira, comerciante de tecido de púrpura. Enquanto ela nos ouvia, o Senhor lhe abriu o coração, e ela aceitou aquilo que Paulo estava dizendo.
2. Você precisa viver dia a dia, todo dia mergulhado no ensino das Escrituras. Siga um plano de leitura bíblica. Use uma boa versão da Bíblia. Por exemplo, a Nova Versão Transformadora. Busque a iluminação e o poder do Espírito Santo para ler, compreender e praticar a Bíblia. 2Timóteo 2.7: “Pense no que estou lhe dizendo. O Senhor o ajudará a entender todas essas coisas.”
3. Professe sua fé pelo batismo e una-se a uma igreja local na busca por mais crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo, conforme a revelação da Escritura Sagrada. Você precisa de Cristo e da comunhão da igreja local. 2Pedro 3.17-18:
17Amados, vocês [os crentes, a igreja reunida para ouvir a leitura desta carta] já sabem [por meu intermédio, Pedro] dessas coisas [a respeito dos tempos do fim, quando Deus virá para julgar vivos e mortos]. Portanto, estejam atentos, a fim de que não sejam levados pelos erros desses perversos e percam sua firmeza. 18Antes, cresçam na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
4. Somente a Escritura remeterá você a Cristo – pela Escritura iluminada pelo Espírito Santo, na comunhão fortalecedora da igreja local. ATENÇÃO: somente a Escritura não é licença para você viver apenas consigo mesmo, a Bíblia e Deus. Você precisa de Cristo e da comunhão dos crentes. Cristo e a comunhão da igreja são inseparáveis na salvação. Efésios 2.16-18:
16Assim, ele os reconciliou com Deus em um só corpo por meio de sua morte na cruz, eliminando a inimizade que havia entre eles. 17Ele trouxe essas boas-novas de paz tanto a vocês que estavam distantes dele como aos que estavam perto. 18Agora, por causa do que Cristo fez, todos temos acesso ao Pai pelo mesmo Espírito.
Deus nos guia e sacia por sua Palavra, Salmos 107.4-9:
4 – Eles vagavam pelo deserto,
perdidos e sem lar.
5 – Famintos e sedentos,
chegaram à beira da morte.
6 – Em sua aflição, clamaram ao SENHOR,
e ele os livrou de seus sofrimentos.
7 – Conduziu-os por um caminho seguro,
a uma cidade onde pudessem morar.
8 – Que louvem o SENHOR por seu grande amor
e pelas maravilhas que fez pela humanidade.
9 – Pois ele sacia o sedento
e enche de coisas boas o faminto.
S.D.G. L.B.Peixoto
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