A Superioridade de Jesus Cristo

A SUPERIORIDADE DE JESUS CRISTO

João 3.31-36

³¹Aquele que veio do alto é superior a todos. Nós somos da terra e falamos de coisas terrenas, mas ele veio do céu e é superior a todos. ³²Ele dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas como são poucos os que creem no que ele diz! ³³Todo aquele que aceita seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. ³⁴Pois ele foi enviado por Deus e fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá, sem limites, o Espírito. ³⁵O Pai ama o Filho e pôs tudo em suas mãos. ³⁶E quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna. Quem não obedece ao Filho não tem a vida eterna, mas a ira de Deus permanece sobre ele.

Num mundo com tantas religiões — por que Jesus?
Nossa é a época em que você pode crer em qualquer coisa, contanto que não afirme ser a verdade. Em nome da “tolerância”, nossa cultura pós-moderna acolhe tudo: o misticismo oriental, a espiritualidade da Nova Era, o ocultismo de tradições milenares (Egito antigo, Índia), além das infinitas práticas pagãs de espiritualidade. Verificamos que a situação é grave quando observamos diversas dessas crenças e comportamentos sendo incorporados, inclusive, aos credos de um número espantoso de igrejas ditas evangélicas.
No entanto, a realidade pura e simples é: nem todas as expressões de fé são verdadeiras. Tanto não são que João, no texto lido, declarou (v. 36): “quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna. Quem não obedece ao Filho não tem a vida eterna, mas a ira de Deus permanece sobre ele”. É oitoou oitenta. Éou não é. Não existe tons de cinza. É pretono branco.
João é claro sobre por que ele escreveu seu Evangelho (20.31): “para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo nele, tenham vida pelo poder do seu nome”. Em outras palavras: sem Cristo, todos continuam mortos e a ira de Deus permanece sobre nós. Não há outro caminho para Deus. Não existe outra verdade sobre Deus. Logo, a mensagem que nós temos no Evangelho de João sobre Deus, Cristo e a humanidade é tão fundamentalmente importante para todos, em todas as eras e culturas, quanto politicamente incorreta nesta sociedade tão avessa à verdade dogmática.
Ouça, mais uma vez, a declaração de João (Jo 3.31): “Aquele que veio do alto [i.e., Cristo] é superior a todos”. Por que ele é superior? O que torna Jesus diferente de todos? A seguir, João apresentará quatro argumentos pela superioridade de Jesus Cristo: a origemcelestial atribuída a Jesus Cristo; a mensagemcelestial pregada por Jesus Cristo; a vantagemcelestial concedida a Jesus Cristo; e a blindagemcelestial oferecida por Jesus Cristo; origem, mensagem, vantageme blindagem.
1. A origem celestial atribuída a Jesus Cristo
O primeiro argumento de João em favor da superioridade de Jesus Cristo se fundamenta na origem celestial ou divina do nosso Senhor (Jo 3.31 e 34):

³¹Aquele que veio do altoé superior a todos. Nós somos da terra e falamos de coisas terrenas, mas ele veio do céue é superior a todos. […] ³⁴Pois ele foi enviado por Deuse fala as palavras de Deus, […]

Note que, em apenas dois versículos e de três maneiras diferentes, João declara que Jesus não tem sua origem na terra, mas no céu com Deus; Jesus Cristo “veio do alto”, “ele veio do céu”, “ele foi enviado por Deus”.
O objetivo de João é esclarecer que todos (inclusive João Batista) são da terra e falam de coisas terrenas, mas Cristo veio do céu, ele veio do alto, ele foi enviado por Deus; ele é superior a todos e fala as palavras de Deus.
Ao relatar a conversa de Jesus com Nicodemos, João já tinha deixado esses conceitos bem claros para o leitor. Ouça o que o Senhor já havia dito ao líder religioso (Jo 3.6): “Os seres humanos podem gerar apenas vida humana, mas o Espírito dá à luz vida espiritual”. Em outras palavras: todo mundo nasce de forma natural através da carne (todos: Moisés, Davi, João Batista, Maria, Buda, Maomé, Confúcio, Xico Xavier etc.) e isso é tudo o que nós humanos somos: carne, natureza humana — ou como João mesmo diz no texto (v. 31), somos “da terra”. Somos, portanto, naturais, carnais, terrestres e não espirituais. Estamos totalmente sem vida sobrenatural, pois somos apenas humanos e estamos caídos no pecado (todos nós: de Moisés à Maomé, de Maria a Xico Xavier). Precisamos, portanto, de um novo nascimento, do contrário não seremos capazes sequer de compreender as palavras vindas de Deus, da mesma forma que Nicodemos, à princípio, não as compreendeu:

João 3.10-13 (NVT) | ¹⁰Jesus respondeu: “Você é um mestre respeitado em Israel e não entende essas coisas? ¹¹Eu lhe digo a verdade: falamos daquilo que sabemos e vimos e, no entanto, vocês não creem em nosso testemunho. ¹²Se vocês não creem em mim quando falo de coisas terrenas, como crerão se eu falar de coisas celestiais? ¹³Ninguém jamais subiu ao céu, exceto aquele que de lá desceu, o Filho do Homem.

Essa, portanto, é a questão fundamental. Cada ser humano está nesta categoria: somos da terra, somos naturais, carnais, terrestres e não espirituais, estamos sem vida sobrenatural — exceto uma pessoa: Jesus Cristo, pois ele veio do alto, ele veio do céu, ele foi enviado por Deus, ele é Deus (Jo 1.14). Ouça a incrível explicação de Paulo sobre o que João está dizendo a respeito de Jesus:

1Coríntios 15.47-49 (NVT) |⁴⁷O primeiro homem foi feito do pó da terra, enquanto o segundo homem veio do céu. ⁴⁸Os que são da terra são como o homem terreno, e os que são do céu são como o homem celestial. ⁴⁹Da mesma forma que agora somos como o homem terreno, algum dia seremos como o homem celestial.

Portanto, só há duas categorias de pessoas: Adão e Jesus. Um terreno e o outro “do céu” (Jo 3.31). Todos nós, humanos, carregamos a imagem de Adão e sua condição pecaminosa. Adão é o cabeça da raça humana terrena. E todos os que crêem em Jesus passam a carregar a sua imagem e são declarados justos. Jesus é o cabeça de uma nova raça humana — a família de Deus. Paulo, noutra carta, colocou da seguinte forma:

Romanos 5.17-19 (NVT) |¹⁷A morte reinou sobre muitos por meio do pecado de um único homem. Ainda maior, porém, é a graça de Deus e sua dádiva de justiça, e todos que a recebem reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo. ¹⁸É verdade que um só pecado de Adão trouxe condenação a todos, mas um só ato de justiça de Cristo removeu a culpa e trouxe vida a todos. ¹⁹Por causa da desobediência a Deus de uma só pessoa, muitos se tornaram pecadores. Mas, por causa da obediência de uma só pessoa a Deus, muitos serão declarados justos.

Agora, de volta a João 3.31: “Aquele que veio do alto é superior a todos. Nós somos da terra e falamos de coisas terrenas, mas ele veio do céu e é superior a todos”. Jesus é superior ao resto de nós. “O que é nascido da carne é carne” (João 3.6). Se o Filho de Deus não tivesse sido enviado “de cima” (Jo 3.31), “do céu” (Jo 3.31), “por Deus” (Jo 3.36), todos permaneceríamos sem vida espiritual em nosso pecado, sob a ira de Deus. Não adiantaria profetas, gurus, seres iluminados ou intercessores; permaneceríamos condenados (pois não teríamos um substituto morrendo pelo nosso pecado) e sem condições de compreender as coisas celestiais (pois não nasceríamos de novo, do Espírito).
João, portanto, está dizendo o seguinte: há um e somente um que é infinitamente diferente; ele não compartilha do pecado de Adão; ele não é meramente “da terra” —  “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus… E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”(Jo 1.1 e 14). Ele é de cima, do céu, foi enviado por Deus. Ele veio ao mundo, sem pecado, com a missão de resgatar os pecadores: “Deus enviou seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio dele”(Jo 3.17).
Jesus é superior porque sua origem é celestial. Ele veio para nos salvar.
2. A mensagem celestial pregada por Jesus Cristo
O segundo argumento de João em favor da superioridade de Jesus Cristo se fundamenta na mensagem celestial ou divina pregada pelo nosso Senhor (Jo 3.32-34):

³²Ele dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas como são poucos os que creem no que ele diz! ³³Todo aquele que aceita seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. ³⁴Pois ele foi enviado por Deus e fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá, sem limites, o Espírito.

Há pelo menos três considerações que devemos fazer à partir desses versículos:

1. O testemunho de Jesus Cristo, a sua palavra, é confiável porque tem origem em Deus (v. 34).Cristo mesmo é a Palavra, o Verbo eterno. “Ele dá testemunho daquilo que viu e ouviu”(v. 32). Em outras palavras: a palavra de Deus não tem origem humana; ela não é fruto do entendimento humano nem da iniciativa humana; a Palavra é a revelação do próprio Deus ao homem; homens movidos pelo Espírito falaram da parte de Deus (2Pe 1.19-21). O testemunho de Jesus Cristo, a sua palavra, é confiável porque tem origem em Deus. E mais…
2. Não se pode julgar a veracidade do testemunho de Jesus Cristo através de estatísticas.Cristo fala daquilo que viu e ouviu (v. 32), ele foi enviado por Deus e fala as palavras que o próprio Deus lhe dá (v. 34), mas mesmo assim são poucos os que creem no que ele diz (v. 32)! Disso inferimos que a verdade de Deus não é definida pelo clamor popular nem é autenticada pela aceitação da maioria. A voz do povo não é a voz de Deus. Não é porque a maioria não crê no testemunho de Cristo que o mesmo não pode ser a verdade para todo mundo em todas as épocas e lugares. Pelo contrário. Por ser a verdade, a verdade de Deus, as pessoas o rejeitam; as pessoas amam mais as trevas do que a luz, suas obras são más e por isso elas rejeitam a palavra de Deus (Jo 3.19). Não se pode julgar a veracidade do testemunho de Cristo através de estatísticas.
3. O testemunho de Jesus Cristo é aplicado pela obra do Espírito (vv. 33-34): “³³Todo aquele que aceita seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. ³⁴Pois ele foi enviado por Deus e fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá, sem limites, o Espírito.”Coisas celestiais são compreendidas espiritualmente (1Co 2.14); o homem terreno só será capaz de crer nelas pela obra regeneradora e iluminadora do Espírito (Jo 3.6-12); todos quantos, pelo Espírito, aceitam o testemunho de Cristo, confirmam que Deus é verdadeiro (v. 33).

Como são ricos esses versículos! Permitam-me, pois, três aplicações:

1. Primeiro, nós cristãos não somos chamados para anunciar coisas terrenas (autoajuda, segredos para o sucesso, palestras motivacionais, psicologia popular ou qualquer outro ensinamento humano); nem mesmo somos chamados para falar de nossas próprias experiências pessoais e com o sobrenatural (1Co 2.1-5); fomos chamados para anunciar aquilo que vimos e ouvimos em Jesus Cristo, isto é, o testemunho da verdade conforme está na Bíblia (Jo 16.13); fomos chamados para conhecer e comunicar as Escrituras.
2. Segundo, o baixo número dos que creem na verdade e buscam pela verdade, na exposição das Escrituras, não poderá nos desanimar nem nos fazer querer substituir ou distorcer a palavra de Deus. De novo, nós fomos enviados por Deus para falar as palavras de Deus, conforme a revelação das Escrituras. Importa-nos sermos achados fieis (1Co 4.1-4).
3. Terceiro, a compreensão e a aceitação da palavra de Deus, por parte do pecador, de forma a permiti-lo confirmar que Deus é verdadeiro, depende, essencialmente de dois fatores: comunicação fiel do que vemos e ouvimos na Bíblia, e a ação sem limite do Espírito, através de nós que comunicamos e na vida daqueles que nos ouvem. Por isso que a igreja deve zelar pela prioridade do ministério pastoral: dedicação à oração e ao ensino da Palavra; cada membro deve se dedicar a conhecer e comunicar a Palavra, regando tudo com muita oração e dependência do Espírito Santo.

Jesus é superior porque sua mensagem é celestial. A relevância da igreja e dos cristãos no mundo passa, inegociavelmente, pela fidelidade a este princípio: pregar uma mensagem celestial (bíblica, cristocêntrica), e não terrena, mundana, materialista, politizada ou centrada apenas nesta vida.
Charles Bridges (ministro puritano na igreja da Inglaterra em meados do século XIX) tinha tanta convicção disso que, em sua obra clássica — O Ministério Cristão, escreveu assim aos pastores (pág. 2; Banner of Truth, 1961):

O Grande Cabeça da Igreja ordenou três grandes repositórios de sua verdade. Nas Escrituras ele a preservou por sua Providência contra todos os ataques hostis. No coração dos cristãos ele a tem mantido pela energia todo-poderosa de seu Espírito — mesmo sob constante sinalização de apostasia geral. E no Ministério Cristão ele depositou o “tesouro em vasos de barro” para a edificação e o enriquecimento da Igreja em eras sucessivas.

A mensagem celestial pregada por Jesus é a mesma que a igreja deve pregar em todas as época e em todos os lugares. Jesus é superior porque sua mensagem é celestial.
3. A vantagem celestial concedida a Jesus Cristo
Além da origem celestial atribuída a Jesus e da mensagem celestial por ele pregada, o terceiro argumento de João em favor da superioridade de Jesus Cristo se fundamenta na vantagem celestial ou divina concedida ao nosso Senhor (Jo 3.35):
O Pai ama o Filho e pôs [confiou, depositou] tudo em suas mãos.
O amor entre o Pai, o Filho e o Espírito é eterno e perfeito. No batismo de Jesus, o Espírito desceu sobre o Filho e o Pai o aclamou (Mt 3.17): “Este é meu Filho amado, que me dá grande alegria”. Porque o Pai ama o Filho, deu a ele todas as coisas; confiou tudo em suas mãos. Jesus mesmo afirmou esta verdade (Mt 11.27): “Meu Pai me confiou todas as coisas. Ninguém conhece verdadeiramente o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece verdadeiramente o Pai, a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho escolhe revelá-lo.” Pouco antes de ascender ao céu, ao entregar a Grande Comissão aos seus discípulos, Jesus reafirmou (Mt 28.18): “Toda a autoridade no céu e na terra me foi dada.”
Essa é uma afirmação surpreendente! Se qualquer homem dissesse essas coisas, saberíamos que ele é louco ou lunático. Mas Jesus poderia e pode fazer tal afirmação, com plena credibilidade, por causa de quem ele verdadeiramente é: o Filho eterno de Deus que se fez homem e habitou entre nós (Jo 1.1 e 14). Agora, o mais impressionante em tudo isso é a forma como Jesus Cristo aplica a sua autoridade! Você percebeu?
A autoridade de Jesus é exercida para revelar a si mesmo aos eleitos de Deus (Mt 11.27) e para comissionar a igreja, enviando-a para fazer discípulos de todas as nações, batizando-os e ensinando-os a obedecerem a todas as ordens reveladas pelo Senhor nas Escrituras (Mt 28.18-20). Jesus exerce sua autoridade para buscar e salvar os pecadores, arrancando-os da mão do valente: Satanás (Mt 12.22-32). Jesus exerce sua autoridade pela palavra poderosa que salva, santifica e sustenta todas as coisas (Hb 1.3).
Jesus Cristo recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra e, fazendo uso dessa prerrogativa, ele mesmo nos envia, com a mesma autoridade, para fazer discípulos, saqueando o inferno, salvando o pecador com a pregação do evangelho da glória e da graça de Deus. Isso nos leva ao último argumento de João pela superioridade de Jesus Cristo.
4. A blindagem celestial oferecida por Jesus Cristo
Jesus Cristo é superior por causa de sua origem: ele é Deus que se fez homem e habitou entre nós sem pecado, cheio de graça e de verdade; ele é superior por causa da mensagemou da revelação que ele traz da parte de Deus; ele é superior por causa da autoridadeque o Pai lhe concedeu para buscar e salvar o pecador; mas ele também é superior por ser o único que pode salvar e blindaro pecador da ira de Deus (Jo 3.36):

E quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna. Quem não obedece ao Filho não tem a vida eterna, mas a ira de Deus permanece sobre ele.

O maior problema do ser humano é que ele já está condenado (Jo 3.18). “Como assim?”, alguém poderia protestar. A condenação se baseia no fato de que o ser humano não ama a Deus; ele ama mais a escuridão que a luz, porque seus atos são maus — ele só faz o que tem vontade (Jo 3.19); a falta de amor por Deus os torna desobedientes (Jo 3.36); e o resultado é que a ira de Deus permanece sobre o ser humano.
A única solução para o pecador é arrependimento e fé (não é mudança de atitude, mas de natureza); o pecador precisa se arrepender do pecado (que é amar mais as trevas que a luz) e crer no Filho de Deus (satisfazer-se nele), passando a viver para dar testemunho dessa fé salvadora através de uma vida de obediência ao Filho (Jo 3.36):

E quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna. Quem não obedece ao Filho não tem a vida eterna, mas a ira de Deus permanece sobre ele.

Esta é a única menção da ira de Deus no Evangelho de João, mas se trata de um tema frequente em seu Apocalipse; por exemplo: Ap 6.16-17; 11.18; 14.10; 16.19; 19.15). A ira de Deus é seu ódio santo e inalterável em oposição a todo pecado. Todo pecado deve ser punido, ou Deus não seria santo e justo. Como Jonathan Edwards argumentou com tanta força teológica em “A justiça de Deus na condenação dos pecadores” (The Works of Jonathan Edwards[Banner of Truth], 1:669): “o pecado contra um Deus infinitamente santo é infinitamente hediondo e, portanto, digno de punição infinita”.
Aqueles que se recusam a crer em Cristo como seu substituto na morte pelo pecado já estão sob a maldição do pecado e da morte. Se morrerem incrédulos, experimentarão a plenitude da ira de Deus por toda a eternidade. Assim é que nosso destino eterno depende de se crer em Cristo para a salvação ou desobedecê-lo para a justa condenação.
Jesus Cristo é superior a todos, pois apenas ele poderá salvar o pecador da justa condenação de Deus que já pesa sobre a humanidade. Jesus Cristo é superior por causa da blindagem celestial que ele oferece. Arrependa-se e creia para a sua salvação.
A superioridade de Jesus Cristo
Não creia na mentira desta era. Jesus Cristo é sim superior a todos.
A sua origem é divina. Cristo é Deus que se fez homem e viveu sem pecado, foi crucificado no lugar do pecador e ressuscitou ao terceiro dia. Hoje ele está à direita de Deus, intercedendo pelos seus e preparando-os lugar. Ele voltará para julgar vivos e mortos. Esse é Cristo. Ele não é apenas um profeta, pois a humanidade não precisava apenas de um novo ensino, mas de um Cordeiro substituto que aplacasse a ira de Deus no lugar do pecador.
A mensagem de Cristo é divina.Ele não apenas aponta o caminho e a verdade. Ele é o caminho e a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai se não for através dele. Cristo não veio apenas para nos trazer um novo ensino, mas para nos abrir um novo e vivo caminho até Deus. Cristo não é profeta. Cristo é a Palavra, o Verbo eterno de Deus.
Cristo trem toda autoridade para buscar e salvar o pecador. Ele não é déspota. Ele não veio condenar, pois o mundo já está condenado. Ele veio para salvar.
A blindagem que Cristo concedea todos quantos creem é a única capaz de salvar o pecador da ira santa, justa e irremovível de Deus. Arrependa-se e creia para a sua salvação. Jesus Cristo é superior a todos. Ouça esta citação de J. C. Ryle que resume muito bem por que devemos crer em Jesus:

Devemos ponderar seriamente estas verdades: se a fé em Cristo traz consigo privilégios imediatos, permanecer na incredulidade significa estar em condição de tremendo perigo, se o céu está tão próximo do que crê, o inferno também deve estar muito próximo do que não crê. Quanto maior é a misericórdia oferecida pelo Senhor Jesus, tanto maior é a culpa dos que a negligenciam e rejeitam. Quem se mantém rebelde conta o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.

Assim, uma vez mais, ergo o nome poderoso de Jesus diante de vocês: o Cristo que é superior a todos, pois é Deus, com mensagem da parte de Deus, cheio de autoridade para buscar e salvar suas ovelhas perdidas da ira justa de Deus.
Minha oração, portanto, é para que você veja sua glória, glória como do Filho único do Pai, cheio de graça e de verdade, e que de sua glória você receba graça sobre graça, crendo em Cristo como Deus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e assim viva para obedecê-lo.
Minha oração é para que você creia na superioridade de Jesus Cristo, seja salvo da ira de Deus e receba a vida eterna.

S.D.G. L.B.Peixoto