05.03.2023
[Atos 18.18-23; 19.1-7] 18Paulo ainda permaneceu em Corinto por algum tempo. Então se despediu dos irmãos e foi a Cencreia, onde raspou a cabeça, de acordo com o costume judaico para marcar o fim de um voto. Em seguida, partiu de navio para a Síria, levando consigo Priscila e Áquila. 19Chegaram ao porto de Éfeso, onde Paulo os deixou. Enquanto estava ali, foi à sinagoga para debater com os judeus. 20Eles pediram que ficasse mais tempo, mas ele recusou. 21Ao despedir-se, Paulo disse: “Voltarei depois, se Deus quiser”. Então zarpou de Éfeso. 22A parada seguinte foi no porto de Cesareia, de onde subiu a Jerusalém e visitou a igreja. Em seguida, voltou para Antioquia. 23Depois de passar algum tempo ali, voltou pela Galácia e pela Frígia, visitando e fortalecendo todos os discípulos. […] Atos 19.1-7 1Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo viajou pelas regiões do interior até chegar a Éfeso, no litoral, onde encontrou alguns discípulos. 2Ele lhes perguntou: “Vocês receberam o Espírito Santo quando creram?”. “Não”, responderam eles. “Nem sequer ouvimos que existe o Espírito Santo.” 3“Então que batismo vocês receberam?”, perguntou ele. “O batismo de João”, responderam. 4Paulo disse: “João batizava com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que viria depois, isto é, em Jesus”. 5Assim que ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. 6Paulo lhes impôs as mãos e o Espírito Santo veio sobre eles, e falaram em línguas e profetizaram. 7Eram ao todo uns doze homens.
Andre Agassi é aclamado no mundo do tênis. De fato, muitos o consideram um dos melhores tenistas de todos os tempos; conquistou mais de sessenta títulos ao longo de vinte anos de carreira profissional (1986—2006); dizem que ele está entre os cinco melhores devolvedores de saques (service returners) ou servidores da história dos torneios abertos; e estima-se que tenha ganhado algo em torno de 32 milhões de dólares somente em premiações em dinheiro nos torneios ao longo da carreira. A primeira partida famosa de Agassi foi em 1990, quando ganhou o vice-campeonato do Aberto da França; nesse mesmo ano ele também foi vice-campeão do US Open. Em 1991, Agassi foi, mais uma vez, vice-campeão, só que em Roland Garros. Foi campeão pela primeira vez em 1992, em Wimbledon (Londres, Inglaterra). Desde então não parou mais de ganhar prêmios, prêmios milionários.
Quem gosta de tênis sabe que antes disso tudo ele já era badalado no mundo dos esportes, tido como uma grande promessa no mundo do tênis. Todavia, o que muitos não sabem é que um ano antes de sua partida mais importante nas quadras (no Aberto da França de 1990), em 1989, Agassi se destacou como garoto propaganda da Canon – a propaganda era da câmera fotográfica Canon EOS Rebel. Não me recordo de ver esse comercial no Brasil, mas ficou eternizado como uma das maiores peças publicitárias de todos os tempos. E desde então a sua frase de efeito se tornou um ícone.
Veja se você ja se deparou com ela.
No comercial de televisão, o então jovem de Las Vegas, Andre Agassi, com apenas 19 anos, cabelos longos na parte de trás e curto-arrepiada e com franja de lado na frente – literalmente, uma versão loira do estilo Chitãozinho & Chororó –, [IMAGINE!] ele desce de uma Lamborghini branca; com uma das mãos, abaixa os óculos de sol Ray-Ban (estilo Clássico Viajante, estilo Jack Nicholson); pisca para a câmera e pronuncia as seguintes palavras: “IMAGEM É TUDO.” Os fans iam à loucura!
Realmente, a roupa, os óculos de sol, o cabelo, a barba de dois dias por fazer e a imponência do carro que o conduzia eram o ápice do estilo cobiçado pelos rapazes da época. Agassi tinha, de fato, o que o mundo mais valoriza: dinheiro – muito dinheiro! –, estilo, status, influência, luxo e poder. Em certo sentido, essa mensagem é bastante precisa: para ser grande, para ser alguma coisa em nossa época, a imagem é sim tudo.
Pense um pouquinho: se os generais militares não vestirem seus uniformes engomados, não lustrarem seus broches e insígnias militares, não carregarem suas estrelas sobre os ombros da camisa, se não lustrarem seus sapatos e não trazerem na cabeça o chapéu quepe imponente… de outro modo, à paisana… quem os saudaria? Alguém lhes prestaria continência dentro do quartel? Ora, apenas se o conhecessem, não é verdade? Nesse sentido, portanto, imagem realmente é tudo. — Quer ver? — Honestamente: se médicos e advogados, por exemplo, não se apresentarem de uma determinada maneira – da roupa que vestem ao carro que andam –, será que seus clientes e pacientes os considerariam confiáveis ou competentes? Se os presidentes corporativos ou CEO’s não voarem em jatos particulares ou, no mínimo, de primeira-classe, quem os chamaria de bem-sucedidos? Para o bem ou para o mal, imagem é tudo, gente. Aliás, hoje em dia, até aqueles que se chamam ministros do evangelho, para dizerem que têm a benção de Deus sobre eles e o que eles fazem, gabam-se da prosperidade que ostentam e da saúde que desfrutam (muitas vezes vendendo mentiras em nome de Deus, claro). Ora, gente, no mundo em que vivemos, imagem é tudo. Para o bem ou para o mal, imagem é tudo. É tanto que, em todos os domínios, grandeza, sucesso e realização parecem exigir uma imagem que esbanje elegância, autoridade, afluência e poder. Li uma frase de um estilista ou coach de modas que dizia o seguinte: “Vestir-se bem facilita a vida: Não é para ser visto, mas para ser ouvido.”
IMAGEM É TUDO, EXCETO EM UM DOMÍNIO: O REINO DE DEUS. Jesus apontou essa exceção um dia quando certa mulher veio a ele com um pedido inusitado em nome de seus dois filhos – um pedido que revelou a ambição secreta dos filhos por autoridade, só que segundo o padrão de grandeza do mundo.
Você se lembra da história?
Enquanto estava a caminho de Jerusalém, a mãe de Tiago e João veio a Jesus com o pedido ousado. Veja esta cena!
Mateus 20.20-21 20Então a mãe dos filhos de Zebedeu veio a Jesus com seus filhos. Ela se ajoelhou diante dele a fim de lhe pedir um favor. 21“O que você quer?”, perguntou ele. Ela respondeu: “Por favor, permita que, no seu reino, meus dois filhos se sentem em lugares de honra ao seu lado, um à sua direita e outro à sua esquerda”.
No relato paralelo do Evangelho de Marcos, lemos que os próprios filhos também foram a Jesus com o mesmo pedido. Ora, pode-se concluir, portanto, que os três se apresentaram juntos para falar com Jesus. Veja:
Marcos 10.35-37 35Então Tiago e João, filhos de Zebedeu, vieram e falaram com ele: “Mestre, queremos que nos faça um favor”. 36“Que favor é esse?”, perguntou ele. 37Eles responderam: “Quando o senhor se sentar em seu trono glorioso, queremos nos sentar em lugares de honra ao seu lado, um à sua direita e outro à sua esquerda”.
Nota-se que eles já estavam imaginado que Jesus logo estabeleceria seu reino na terra, e mamãe queria garantir uma boa posição para seus filhos naquela nova ordem do reino de Deus. Em sua maneira de pensar, assentar-se ao lado do rei lhes garantiria grandeza. Então os três, corajosamente, ousadamente, aproximaram-se do Senhor Jesus com o pedido inusitado. — E, adivinha? — Ao testemunharem aquela cena, os demais discípulos, obviamente, irritaram-se com tamanha desfaçatez, pois eles próprios queriam igualmente poder no reino de Deus: Mateus 20.24 — “Quando os outros dez discípulos souberam o que os dois irmãos haviam pedido, ficaram indignados.”
IMAGINEM: que cena desanimadora para Jesus!
Ora, gente, por mais de três anos ele os ensinou o valor da vida altruísta – do amor desinteressado pelo próximo. O curso de discipulado já estava chegando ao final, a formatura estava próxima, seria em poucos dias… Mas seus alunos – os cabeças da classe – estavam ainda discutindo sobre quem deles era o melhor! Então, Jesus
Mateus 20.25-28 25[…] os reuniu e disse: “Vocês sabem que os governantes deste mundo têm poder sobre o povo, e que os oficiais exercem sua autoridade sobre os súditos. 26Entre vocês, porém, será diferente. Quem quiser ser o líder entre vocês, que seja servo, 27e quem quiser ser o primeiro entre vocês, que se torne escravo. 28Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos”.
ENQUANTO O MUNDO DIZ: “Você tem que ser o número um!”; “Você tem que se destacar!”; “Imagem é tudo!”; etc.; Jesus diz: “Aos meus olhos, a grandeza é medida pelo serviço. Imagem? Imagem NÃO é tudo. SERVIR É TUDO.” Aliás, gente, — você se recorda do que Samuel ouviu do próprio SENHOR Deus quando estava escolhendo o próximo rei de Israel, o homem que ocuparia o lugar de Saul? você se lembra? — ouçam o que Deus lhe disse: 1Samuel 16.7 — O SENHOR, porém, disse a Samuel: “Não o julgue pela aparência nem pela altura, pois eu o rejeitei. O SENHOR não vê as coisas como o ser humano as vê. As pessoas julgam pela aparência exterior, mas o SENHOR olha para o coração”. Deus estava dizendo: “No reino dos céus, imagem NÃO é tudo.”
Se imagem não é tudo, o que realmente importa para Deus?
Importa para Deus um coração santo, sincero e satisfeito em Cristo, um coração de servo; isso sim é tudo o que realmente importa para Deus. Se você, de fato, deseja a grandeza, a verdadeira grandeza no reino dos céus, deverá se tornar servo. Recorde-se comigo do que Jesus mesmo disse a respeito de João Batista, seu precursor:
Mateus 11.7-11 7Enquanto os discípulos de João saíam, Jesus começou a falar a respeito dele para as multidões: “Que tipo de homem vocês foram ver no deserto? Um caniço que qualquer brisa agita? 8Afinal, o que esperavam ver? Um homem vestido com roupas caras? Não, quem veste roupas caras mora em palácios. 9Acaso procuravam um profeta? Sim, ele é mais que profeta. 10João é o homem ao qual as Escrituras se referem quando dizem: ‘Envio meu mensageiro adiante de ti, e ele preparará teu caminho à tua frente!’. 11“Eu lhes digo a verdade: de todos os que nasceram de mulher, nenhum é maior que João Batista. E, no entanto, até o menor no reino dos céus é maior que ele.
Qual era o segredo de João Batista? O que fez dele um homem assim tão grande e admirável? Dando testemunho de si próprio – de seu papel no reino de Deus – e do Cristo para o qual ele veio preparar o caminho, João Batista assim se expressou (revelando-nos o que de fato importa; revelando-nos que imagem não é tudo). Preste atenção:
João 3.27-30 27João respondeu: “Ninguém pode receber coisa alguma, a menos que lhe seja concedida do céu. 28Vocês sabem que eu lhes disse claramente: ‘Eu não sou o Cristo. Estou aqui apenas para preparar o caminho para ele’. 29É o noivo que se casa com a noiva; o amigo do noivo simplesmente se alegra de estar ao lado dele e ouvir seus votos. Portanto, muito me alegro com o destaque dele. 30Ele deve se tornar cada vez maior, e eu, cada vez menor”.
Isto é o que de fato importa para Deus: um coração santo, sincero e satisfeito em Cristo, um coração de servo. Outro modelo assim de cristão – com vida santa, sincera e satisfeita em Cristo, com coração de servo –, além de João Batista, foi o apóstolo Paulo. Ele de fato era um imitador de Cristo, e com propriedade podia dizer: “Sejam meus imitadores, como eu sou imitador de Cristo” (1Co 11.1).
Lá pelo no final de sua segunda viagem missionária e no início da terceira — aqui em Atos 18.18–19.7 — nós podemos observar a atitude humilde do apóstolo em ação; seu estilo de liderança (o tipo de liderança que verdadeiramente importa no reino de Deus).
Continua na parte 2…
S.D.G. L.B.Peixoto
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