19.01.2025
Hebreus 2.1-4 (NVT)
1Portanto, precisamos prestar muita atenção às verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas. 2Pois a mensagem que foi transmitida por meio de anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu o castigo merecido. 3O que nos faz pensar que escaparemos se negligenciarmos essa grande salvação, anunciada primeiramente pelo Senhor e depois transmitida a nós por aqueles que o ouviram falar? 4E Deus confirmou a mensagem por meio de sinais, maravilhas e diversos milagres, e também por dons do Espírito Santo, conforme sua vontade.
Desde 7 de janeiro deste ano, estamos testemunhando o maior e mais mortal incêndio na história do Condado de Los Angeles, no sul do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. O incêndio já consumiu cerca de 153 km2 no total — que equivale a cerca de 20% do tamanho total da cidade de Goiânia. Essa tragédia tem potencial para se tornar o desastre natural mais custoso jamais contabilizado no país. Até este domingo, 19 de janeiro, as chamas haviam resultado em 27 mortes confirmadas e 26 pessoas desaparecidas. As autoridades alertavam que esses números poderiam aumentar à medida que as operações de busca e resgate continuam.
Além disso, mais de 200 mil pessoas foram evacuadas ou estão sob alerta para possíveis evacuações, dependendo da evolução dos incêndios e das condições climáticas. Milhares de estruturas foram destruídas, incluindo mais de 12 mil residências. O impacto econômico desse desastre é incomensurável, afetando residências de alto valor, infraestruturas essenciais e comunidades inteiras. O jornal The Times estimou que os prejuízos financeiros podem chegar a mais de US$ 250 bilhões (aproximadamente R$ 1,52 trilhão), considerando a destruição de propriedades, infraestrutura pública e custos de resposta emergencial.
Ao analisar o caso, Albert Mohler destacou a importância de diferenciar o mal natural do mal moral em tragédias como esta. O mal natural inclui eventos como terremotos, tornados, enchentes, deslizamentos de terra e incêndios, que são entendidos como consequências do pecado original descrito em Gênesis 3, não estando ligados diretamente a ações humanas específicas. Em contraste, o mal moral é fruto das decisões e comportamentos humanos, refletindo escolhas conscientes que podem agravar ou até causar desastres. Essa distinção lança luz sobre a complexidade do sofrimento humano e a necessidade de reconhecer tanto as forças naturais sob a maldição do pecado quanto as responsabilidades humanas pecaminosas em momentos de calamidade.
Nos incêndios em Los Angeles, uma combinação de fatores climáticos, como o clima seco e ventos intensos, foi determinante para a propagação das chamas. A região enfrenta o poder devastador do fogo em um cenário que muitas comunidades nos Estados Unidos e no mundo desconhecem: o chamado “clima de fogo”.
Recentemente, tem-se falado em um “clima de fogo extremo”, caracterizado por ventos que alcançam até 160 km/h e condições de seca severa. O atraso no período úmido de inverno, esperado para esta época do ano, agravou ainda mais a aridez do solo e da vegetação. Ventos fortes, intensificados ao passar pelas montanhas e cânions, criaram condições perfeitas para a rápida disseminação das chamas.
Esse cenário ressalta a força implacável da natureza, que, combinada com condições climáticas extremas, revela o quão vulneráveis as pessoas podem ser diante de desastres dessa magnitude. Faz-nos lembras do que Paulo escreveu aos romanos:
Romanos 8.20-22 (NVT) 20Toda a criação, não por vontade própria, foi submetida por Deus a uma existência fútil, 21na esperança de que, com os filhos de Deus, a criação seja gloriosamente liberta da decadência que a escraviza. 22Pois sabemos que, até agora, toda a criação geme, como em dores de parto.
Mas o problema do incêndio no Condado de Los Angeles vai além das forças naturais sob o julgamento de Deus. Envolve negligência humana e os entraves criados por decisões políticas e burocráticas. Alguns exemplo:
Para dizer o mínimo, essa combinação de negligências humanas e entraves decorrentes de decisões políticas e burocráticas contribuiu para a erupção desta tragédia de proporções apocalípticas.
“Com fogo não se brinca!” — como bem alertavam nossos avós, uma sabedoria simples, mas sempre atual.
As chamas que devoram Los Angeles murmuram a respeito de um fogo infinitamente mais avassalador: o “fogo consumidor” da ira de Deus (Hb 12.29), “a terrível expectativa do julgamento, o fogo ardente que devorará os inimigos” (Hb 10.27). Esse fogo, sim, será indescritivelmente pior. E é com esse pensamento que chegamos ao texto desta manhã.
O ponto de Hebreus 2.1-4 é claro e direto: não haverá escapatória para quem negligenciar tão grande salvação. O versículo 3 pergunta: “O que nos faz pensar que escaparemos se negligenciarmos essa grande salvação?” A resposta é simples e assustadora: não há como escapar. Quem negligencia essa salvação rejeita a única esperança.
Esta é uma palavra impactante tanto para o mundo quanto para a igreja, porque a verdade é clara: a maioria negligencia a grandeza da salvação. Pense bem: quantas pessoas você conhece que realmente dão atenção contínua e séria à obra salvadora de Cristo? Que a amam, pensam nela e se maravilham com ela? Que sentem gratidão constante, a compartilham como o tesouro mais valioso e a entrelaçam até mesmo nas pequenas coisas da vida? Agora pergunte a si mesmo: você vive assim, impactado de verdade pela grandeza da salvação?
Não é impressionante como até mesmo cristãos que professam sua fé frequentemente tratam a salvação com negligência? Portanto, a pergunta: Há em você um senso real da grandeza dessa salvação? Quando algo verdadeiramente grandioso ocorre, é natural responder à altura. Você faz isso com a salvação? Ou a trata como um documento arquivado — um diploma de faculdade, um Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, um passaporte ou a escritura de uma casa — algo que você assinou uma vez e deixou de lado, sem impacto real no seu dia a dia? É assim que você trata a sua grande salvação?
Negligenciar essa salvação é ignorar o maior e melhor presente que já nos foi dado. E negligenciá-la não é apenas perigoso; é fatal. Não haverá escapatória. Ser cristão é uma questão séria, meu povo — não um peso mórbido, mas algo que exige reverência, urgência e compromisso. A salvação não é um detalhe da vida; é a vida.
Que essa verdade desperte em você uma resposta digna da grandeza do que Cristo fez por nós.
Não é como se o autor de Hebreus dissesse: “Não negligencie sua artrite, hérnia lombar ou cervical.” Ou: “Não negligencie seu chá de boldo, o jiló e a guariroba amargos.” Ou ainda: “Não negligencie sua dieta de legumes e verduras.”
Hebreus fala de algo muito maior, infinitamente mais precioso: não negligencie sua salvação. Sua grande salvação.
É como se ele dissesse: “Não negligencie o churrasco com picanha entre amigos. Não deixe de valorizar o tratamento que traz cura ao corpo. Não ignore a beleza do nascer do sol refletido nas águas do Pantanal ou o pôr do sol dourado no Sertão. Não passe despercebido pelo sorriso de um bebê recém-nascido, pelo frescor da brisa que sopra na orla de Copacabana sob um céu estrelado. Não negligencie o descanso em uma rede sob o calor acolhedor do Nordeste, o toque suave dos pés na areia fina e branca do litoral de Santa Catarina ou a tranquilidade da bela praia da Lagoinha, em Ubatuba, SP.”
Hebreus nos convida a enxergar que a salvação é tão grandiosa quanto as maravilhas que nos tiram o fôlego, tão deliciosa quanto as coisas mas saborosas desta vida e tão essencial quanto o ar que respiramos a cada instante. Negligenciar essa grande salvação é ignorar o que há de mais belo, delicioso, vital e eterno.
Mas o que é, afinal, essa grande salvação?
O autor de Hebreus está dizendo: Não negligencie ser amado por Deus. Não negligencie ser perdoado, aceito, protegido, fortalecido e guiado pelo Deus Todo-Poderoso. Não negligencie o sacrifício de Cristo na cruz. Não negligencie o dom gratuito da justiça imputada a você pela fé. Não negligencie a remoção da ira de Deus e o sorriso reconciliador de seu rosto. Não negligencie o Espírito Santo habitando em você e a doce comunhão com Cristo vivo. Não negligencie o brilho da glória de Deus na face de Jesus. Não negligencie o acesso livre ao trono da graça. Não negligencie o tesouro inesgotável das promessas de Deus. Não negligencie a comunhão fortalecedora da igreja.
Isso é a grande salvação! Negligenciá-la não é apenas um erro; é privar-se de delícias e prazeres; é um ato gravemente maligno. Não negligencie tão grande salvação. Pois, se o fizer, não haverá escape. Você perecerá.
Ser cristão é algo profundamente sério — não sem graça, mas cheio de peso e propósito. Somos chamados a um compromisso radical: encontrar nossa verdadeira felicidade na grande salvação que Deus nos deu.
Portanto, recusamos ser desviados pelos prazeres passageiros e destrutivos do pecado. Não negligenciamos a alegria eterna em Deus, porque essa alegria é a própria essência da salvação. Somos capazes até de arrancar nossos próprios olhos antes de nos desviarmos da vida eterna.
O oposto de negligenciar essa salvação é expresso com clareza em Hebreus 2.1: “Portanto, precisamos prestar muita atenção às verdades que temos ouvido.”
As verdades que ouvimos são a mensagem de uma grande salvação, proclamada pelo próprio Filho de Deus (Hb 1.2). Apegar-se com mais firmeza, ou prestar muita atenção (Hb 2.1), significa, em essência, não negligenciar (Hb 2.3).
Foi essa lição que exploramos na última exposição bíblica.
Partido deste ponto, examinaremos o motivo apresentado em Hebreus 2.3-4 para demonstrar por que negligenciar essa grande salvação é tão fatal. O motivo é claro: a mensagem dessa salvação foi confirmada por um conjunto de testemunhas confiáveis. Ela é verdadeira, e sua veracidade foi atestada de formas tão diversificadas e sólidas que rejeitá-la é, de fato, maligno.
Esse é o ponto principal dos versículos 3 e 4: nossa salvação não é apenas grande; ela é também verdadeira. E, obviamente, não poderia ser grande se não fosse verdadeira. Porém, o foco aqui não está apenas na grandiosidade de ser salvo, mas na certeza absoluta de que essa salvação é real e confiável.
Leia comigo esses dois versículos:
Hebreus 2.3-4 (NVT)
3O que nos faz pensar que escaparemos se negligenciarmos essa grande salvação, anunciada primeiramente pelo Senhor [em contraste com “por meio de anjos”, no versículo 2] e depois transmitida a nós por aqueles que o ouviram falar [isto é, pelos apóstolos, as testemunhas oculares que ouviram os ensinos terrenos do Senhor Jesus]? 4E Deus confirmou a mensagem por meio de sinais, maravilhas e diversos milagres, e também por dons do Espírito Santo, conforme sua vontade.
A intenção principal desse autor é sublinhar a gravidade de negligenciar essa grande salvação. Mas o texto não destaca apenas a grandiosidade da salvação. Ele chama atenção para a suficiência das evidências que confirmam sua imensidão maravilhosa. A veracidade da salvação que foi anunciada.
Em outras palavras, existem dois motivos pelos quais alguém pode negligenciar algo. O primeiro é que essa coisa não seja realmente grande ou importante, o que faz a pessoa querer investir tempo e energia em algo que pareça mais importante ou maior. O segundo motivo para a negligência é que, mesmo que essa coisa seja grande ou importante, a pessoa pode não ter evidências suficientes de sua grandiosidade ou importância.
No primeiro caso, alguém pode até conhecer a salvação, mas não valoriza sua importância. No segundo, a negligência ocorre porque a pessoa não a conhece de verdade.
Aqui, Hebreus 2.3-4 deixa claro que nenhuma dessas desculpas se sustenta. A salvação é não apenas grande, mas confirmada de maneira confiável 1) por Deus Pai, 2) pelo Filho Jesus Cristo, 3) pelos apóstolos e 4) pelos milagres da parte de Deus. Portanto, negligenciar essa salvação é rejeitar tanto sua grandiosidade quanto sua veracidade.
Reforce-se: Hebreus 2.3-4 foi escrito para garantir aos leitores originais — e a nós hoje — que existem confirmações mais do que suficientes da verdade dessa grande salvação. Essas evidências nos convidam a crer, abraçar, amar e jamais negligenciar essa salvação.
Vamos delinear essas confirmações e refletir sobre como elas fortalecem nossa confiança. Há quatro etapas desse testemunho da verdade:
1. Deus Pai
O primeiro testemunho vem de Deus Pai. No versículo 3, lemos: “grande salvação, anunciada primeiramente pelo Senhor”. Isso implica que Deus Pai proclamou a salvação por meio de Jesus. A expressão “por meio do Senhor” mostra que Cristo foi o mediador dessa salvação. Essa ideia ecoa o que Hebreus 1.1-2 afirma: Deus, que antes falou várias vezes e de diversas maneiras por meio dos profetas, agora fala por meio do Filho. O testemunho inicial dessa grande salvação vem do próprio Deus, validando sua origem divina.
2. O Mediador, Cristo Jesus
O segundo testemunho vem do próprio Mediador, Jesus Cristo. Ele foi quem inicialmente proclamou a mensagem da salvação durante seu ministério terreno: ensinando, curando, expulsando demônios, pregando a chegada do reino de Deus, morrendo e ressuscitando. Pedro confirma isso em Atos 10.36 (NVT): “Esta é a mensagem de boas-novas [da parte de Deus] para o povo de Israel: Há paz com Deus por meio de Jesus Cristo, que é Senhor de todos.” Portanto, Deus Pai colocou seu selo divino nesta salvação ao proclamá-la através de Jesus. E Jesus, como Filho, validou essa mensagem com sua vida, morte e ressurreição.
3. Os Apóstolos, as Testemunhas Oculares
O terceiro testemunho é dos apóstolos, mencionados no final do versículo 3: “depois transmitida a nós por aqueles que o ouviram falar”. Note que o autor de Hebreus se inclui entre os que receberam a mensagem, dizendo “nós”. As testemunhas oculares, os apóstolos, ouviram diretamente os ensinamentos de Jesus, presenciaram seus milagres e testemunharam sua ressurreição. Eles foram os primeiros a pregar essa mensagem aos leitores de Hebreus. Esses apóstolos, portanto, são o elo entre Deus Pai, Jesus Cristo e os crentes. A fé cristã se apoia nesses relatos inspirados, fidelíssimos e indispensáveis. Como Paulo escreve em Romanos 10.17 (NVT): “a fé vem por ouvir, isto é, por ouvir as boas-novas a respeito de Cristo”. Mas essa palavra chegou a nós por meio de testemunhas pessoais.
4. Deus Pai Testemunha Novamente
O quarto testemunho vem, mais uma vez, de Deus Pai. O versículo 4 afirma: “E Deus confirmou a mensagem [dos apóstolos] por meio de sinais, maravilhas [ou: prodígios] e diversos milagres, e também por dons do Espírito Santo, conforme sua vontade.” Deus não apenas proclamou a salvação por meio de Jesus; Deus também validou a mensagem dos apóstolos por meio de sinais, prodígios e milagres. Além disso, Deus derramou dons do Espírito Santo sobre os crentes, confirmando ainda mais a veracidade dessa mensagem.
Portanto, Deus é o início e o fim do testemunho sobre essa grande salvação. Ele falou por meio de Cristo, e confirmou essa mensagem por meio de sinais, prodígios, milagres e os dons do Espírito Santo. Entre esses testemunhos divinos estão os apóstolos, que foram escolhidos para relatar fielmente o que viram e ouviram — e essa mensagem chegou a nós através da revelação inspirada do Novo Testamento.
Essas confirmações, diversificadas e suficientes, nos mostram que essa salvação não é apenas grande em sua essência, mas verdadeira e confiável. Negligenciá-la não é apenas falta de discernimento; é uma rejeição do próprio Deus — que, do início ao fim, anuncia e autentica essa mensagem.
A questão central é: como essas testemunhas — Deus Pai, Deus Filho, os apóstolos e Deus Pai novamente, por meio de sinais, prodígios, milagres e dons do Espírito… como essas testemunhas — fornecem uma base sólida para a nossa fé na grande salvação de Deus? Por que, na presença dessas quatro formas de testemunho, somos tanto mais culpados se negligenciarmos tão grande salvação?
Essa pergunta é crucial porque chegar a uma convicção firme e razoável sobre a verdade nem sempre é simples. Considere alguns exemplos de possíveis dúvidas:
A mente humana, quando inclinada ao ceticismo, pode criar teorias para descartar quase qualquer evidência. Mesmo diante de algo extraordinário, como uma cura milagrosa ou um testemunho direto, sempre existe a possibilidade de questionar sua veracidade.
Então, aqui está uma pergunta urgente: se é sempre possível duvidar de um testemunho, o que faz com que uma pessoa seja devidamente persuadida? O que acontece na mente que a leva a descansar na verdade? Como alguém chega a uma persuasão válida sobre o testemunho de alguém — o meu, o seu, o dos apóstolos, o de Jesus ou o de Deus? Como o ceticismo é substituído por uma fé bem fundamentada?
Hebreus 2.1-4 não fornece a resposta completa. Ele simplesmente parte do pressuposto de que Deus declarou sua grande salvação. Jesus, o Senhor do universo, foi o meio pelo qual Deus falou, e assim acrescentou o seu testemunho. Os apóstolos ouviram Jesus em carne e osso e vieram proclamar a grande salvação aos leitores desta carta. E Deus adicionou ainda o testemunho de milagres e dons do Espírito.
Em outras palavras, uma fé bem fundamentada surge de um conjunto de testemunhos. Mas como isso acontece, considerando que todos esses testemunhos podem ser questionados por quem escolher duvidar? O texto não responde diretamente, mas podemos arriscar uma explicação com base em outras passagens:
2Coríntios 4.3-6 (NVT)
3Se as boas-novas que anunciamos estão encobertas atrás de um véu, é apenas para aqueles que estão perecendo. 4O deus deste mundo cegou a mente dos que não creem, para que não consigam ver a luz das boas-novas, não entendendo esta mensagem a respeito da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
5Não andamos por aí falando de nós mesmos, mas proclamamos que Jesus Cristo é Senhor e que nós mesmos somos servos de vocês por causa de Jesus. 6Pois Deus, que disse: “Haja luz na escuridão”, é quem brilhou em nosso coração, para que conhecêssemos a glória de Deus na face de Jesus Cristo.
Mateus 11.27 (NVT)
Meu Pai me confiou todas as coisas. Ninguém conhece verdadeiramente o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece verdadeiramente o Pai, a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho escolhe revelá-lo.
Mateus 16.17 (NVT)
Jesus disse: “Que grande privilégio você teve, Simão, filho de João! Foi meu Pai no céu quem lhe revelou isso. Nenhum ser humano saberia por si só.
A operação decisiva, portanto, é obra soberana da graça de Deus. Entretanto, os meios divinos são estes: Para sair do ceticismo e alcançar uma fé bem-fundamentada, duas coisas precisam acontecer.
PRIMEIRO, o testemunho deve tornar a verdade evidente. Isso exige que a qualidade histórica, teológica, moral e espiritual dessa verdade seja comunicada com clareza. SEGUNDO, a mente do ouvinte deve estar atenta, limpa e humilde o suficiente para enxergar e aceitar o que é real. EM RESUMO, a convicção da verdade nasce da harmonia entre a confiabilidade percebida e a realidade apresentada pelo testemunho.
Pense nisso como um soquete e uma lâmpada. O testemunho é o soquete, que precisa ser claro e bem construído, exibindo os contornos nítidos da beleza histórica, teológica, moral e espiritual da salvação em Cristo. A mente do ouvinte é a lâmpada, que deve estar livre de distrações, aberta e disposta a ser transformada pela verdade. Quando soquete e lâmpada se encontram de forma perfeita, a corrente da convicção flui — e uma fé profunda, bem-fundamentada, se acende. Recorde o caso de Agripa. Havia soquete — houve o testemunho verdadeiro —, mas a lâmpada estava queimada, a mente estava bloqueada pelos desejos e preconceitos humanos.
Atos 26.24-29 (NVT)
24De repente, Festo gritou: “Paulo, você está louco! O excesso de estudo o fez perder o juízo!”.
25Mas Paulo respondeu: “Não estou louco, excelentíssimo Festo. Digo a mais sensata verdade, 26e o rei Agripa sabe dessas coisas. Expresso-me com ousadia porque tenho certeza de que esses acontecimentos são todos de conhecimento dele, pois não se passaram em algum canto escondido. 27Rei Agripa, o senhor crê nos profetas? Eu sei que sim”.
28Então Agripa o interrompeu: “Você acredita que pode me convencer a tornar-me cristão em tão pouco tempo?”.
29Paulo respondeu: “Em pouco ou em muito tempo, peço a Deus que tanto o senhor como os demais aqui presentes se tornem como eu, exceto por estas correntes”.
O autor de Hebreus 2.3-4 nos lembra que os testemunhos já cumpriram seu papel. A realidade histórica, moral e espiritual da grande salvação de Deus foi claramente revelada. Se ainda falta convicção, a falha não está no testemunho, mas em nós. Nossas mentes estão distraídas, poluídas por ideias falsas ou endurecidas pelo orgulho, incapazes por si mesmas de aceitar que precisamos de salvação.
Minha oração nesta manhã é simples: que Deus brilhe em seus corações, acendendo suas lâmpadas, tornando-as prontas, livres e humildes. Que você possa receber, amar e jamais negligenciar a grande salvação de Deus.
Aplicações:
S.D.G. L.B.Peixoto
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